17 de fevereiro de 2020 – A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) capacitará profissionais de saúde, nesta semana, para o acolhimento e cuidado em saúde mental na atenção primária e na rede de atenção psicossocial de Boa Vista, no estado de Roraima. Esse é o terceiro de uma série de treinamentos realizados pelo organismo internacional, com recursos doados pela Embaixada do Japão.
O anterior foi realizado em janeiro deste ano. Na ocasião, a OPAS/OMS realizou uma oficina com 54 participantes, para implementar a formação de grupos de ajuda e suporte mútuos no campo da saúde mental comunitária – como um dispositivo a ser integrado à resposta humanitária e na rede pública de saúde do município. A atividade foi feita com lideranças comunitárias (migrantes e usuários de serviços de saúde mental) e trabalhadores humanitários e da rede de saúde de Roraima.
A primeira oficina ocorreu em dezembro de 2019, tendo reunido 47 profissionais das redes municipal de Boa Vista e estadual de Roraima, além de docentes da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e atores humanitários que atuam diretamente na assistência a migrantes e refugiados.
Essas atividades fazem parte do projeto “Fortalecimento de Capacidades Locais em Saúde Mental e Apoio Psicossocial no Contexto do Fluxo Migratório em Boa Vista, Roraima”, que é financiado com recursos doados pela Embaixada do Japão e visa apoiar o governo brasileiro nas ações de resposta ao fluxo migratório no país.
Sobre o projeto
O projeto “Fortalecimento de Capacidades Locais em Saúde Mental e Apoio Psicossocial no Contexto do Fluxo Migratório em Boa Vista, Roraima” integra uma proposta interagencial de assistência humanitária, promovida pela OPAS/OMS e outros três organismos das Nações Unidas: Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Agência das Nações Unidas para Migrações (OIM) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Plano regional
A OPAS tem avançado na elaboração de um Plano Regional de Migração e Saúde para as Américas. O objetivo é apoiar a integração das necessidades de saúde dos migrantes nas políticas, estratégias e programas nacionais de saúde, não apenas para proteger a saúde dessa população, mas também a da população anfitriã.