Projeto da OPAS, PRF, Senatran, Dnit e UNB para segurança viária apresenta resultados da primeira etapa

reuniao

Brasília, 1 de novembro de 2024 – Na sexta-feira (1/11), foi realizada uma reunião para apresentar os resultados iniciais do Projeto “Aprimorando os Sistemas de Dados Rodoviários no Brasil”, reunindo os principais parceiros e coordenadores da iniciativa. O encontro permitiu revisar os compromissos assumidos, os avanços alcançados, os desafios enfrentados e as soluções encontradas, além de discutir os próximos passos.

O projeto, financiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Segurança Viária (UNRSF), é coordenado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS no Brasil, tendo como instituições executoras a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e a Universidade de Brasília (UnB). O principal objetivo é subsidiar a implantação de medidas proativas na infraestrutura rodoviária federal a partir do desenvolvimento de um sistema interoperável de coleta e análise de dados de fatores de risco.  Também está previsto que o sistema possa ser compartilhado, ampliando seu impacto na segurança das rodovias estaduais e municipais do país.

A primeira fase do projeto, realizada entre março e outubro de 2024, incluiu a formação de equipes dos órgãos participantes, a realização de três oficinas formativas presenciais, intercaladas com reuniões virtuais semanais, e uma operação de campo. As oficinais viabilizaram o nivelamento da equipe a partir de discussões orientadas de segurança rodoviária e das trocas de experiências pautadas na análise de práticas de segurança já adotadas. Também foi feita uma análise das estruturas organizacionais dos órgãos participantes para identificar os processos atuais relacionados às ações de segurança.

A operação e campo aprimorou o entendimento de processos de coleta de fatores de risco como também a integração da equipe. Por fim, os grupos de trabalho realizaram levantamentos e análises de materiais técnicos e científicos que resultaram em uma biblioteca de apoio e nos produtos entregues nessa etapa, tais como a análise do procedimento de coleta de dados de sinistro e o modelo conceitual do sistema integrado.

Além de apresentar os resultados da primeira etapa do projeto aos diretores das instituições executoras, o encontro serviu para que a própria equipe técnica, presente ao evento, tivesse a percepção dos avanços ocorridos até o momento, assim como revisar as estratégias para as próximas atividades, a partir do balanço realizado. 

Na abertura do evento, estiveram presentes o coordenador de Multas e Educação para o Trânsito do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Julio Pellizzon; o coordenador-geral de Sistemas, Informação e Estatística da Senatran, Pedro Cesar Vieira Barbosa; gerente de Regulação Rodoviária da Superintendência de Infraestrutura Rodoviária da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Fernando Barbelli Feitosa; o diretor de Operações da PRF, Marcus Vinicius Silva de Almeida; o chefe de gabinete da Reitoria da UnB, Paulo Cesar Marques; a coordenadora-geral de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes e Promoção da Cultura de Paz no Ministério da Saúde do Brasil, Naiza Bandeira de Sá; a representante-adjunta do escritório da OPAS e da OMS no Brasil, Elisa Prieto; a professora e coordenadora Técnica do Projeto, Michelle Andrade; o Oficial Técnico de Segurança Viária e Prevenção de Lesões da OPAS e da OMS, coordenador-geral do Projeto, Victor Pavarino, entre outras autoridades.

O quadro atual da segurança viária no país demonstra a importância dos esforços. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde do Brasil, o país registrou 33.894 óbitos decorrentes de sinistros de trânsito em 2022. Além das vidas perdidas, as lesões no trânsito levam a ferimentos graves e sequelas, causando sofrimento, provocando desabilidades, onerando os serviços de saúde e gerando perda de produtividade.

Para a OPAS, reforçar a segurança no trânsito é prioridade. A organização tem apoiado o Brasil e outros países das Américas no desenvolvimento de políticas que visam reduzir acidentes, melhorar as leis e promover uma mobilidade mais segura e sustentável.