Washington, DC, 3 de novembro de 2023 (OPAS) - A República Dominicana, Belize e Suriname, bem como o estado mexicano de Quintana Roo e a cidade brasileira de Manaus, receberam hoje o prêmio Campeões Contra a Malária nas Américas de 2023 da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) por suas ações sustentáveis para a eliminação da malária na Região.
Os prêmios foram entregues em um evento para celebrar o Dia da Malária nas Américas, que aocorre em 6 de novembro. Durante a aividade, a OPAS e seus parceiros reconheceram os esforços nacionais e subnacionais desses países, bem como o impacto que os projetos tiveram no combate à malária e na melhoria da saúde de suas populações.
"Apesar dos desafios significativos que permanecem na eliminação da malária nas Américas, também temos experiências bem-sucedidas, como os projetos premiados hoje, que ajudam a nos posicionar como uma das regiões que mais avançam na eliminação dessa doença em todo o mundo", afirmou o diretor da OPAS, Jarbas Barbosa.
A República Dominicana foi reconhecida por seus esforços para interromper a transmissão da malária até 2022 em Los Tres Brazos, o principal foco urbano da doença nos últimos anos. Belize foi distinguido por seus esforços contínuos para eliminar a malária, obtendo a certificação da OMS como um país livre da malária em 2023. O Suriname foi premiado por ser o primeiro país amazônico a registrar zero casos de malária durante um ano.
O estado de Quintana Roo (México) também foi reconhecido por seus esforços para interromper a transmissão da malária e evitar o restabelecimento da doença em um contexto de alta mobilidade populacional. O município de Manaus (Brasil) foi reconhecido pelos seus esforços intensificados de vigilância para interromper a transmissão da malária por P. falciparum.
"Essas ações são práticas recomendadas que podem inspirar outros países, tomadores de decisão e partes interessadas a atingir a meta de eliminar a malária em toda a região. Convidamos todos a unir esforços contra essa doença potencialmente fatal, que afeta desproporcionalmente as populações vulneráveis que vivem em áreas com acesso limitado aos serviços de saúde", acrescentou Jarbas Barbosa.
O "Campeões contra a Malária" é um esforço de colaboração entre a OPAS, a Fundação das Nações Unidas, a Escola de Saúde Pública do Instituto Milken da Universidade George Washington, o Centro de Programas de Comunicação da Universidade Johns Hopkins, a Universidade Internacional da Flórida e a Sociedade Americana de Medicina Tropical e Saúde.
Desde 2009, mais de 40 projetos em toda a região foram reconhecidos com esse prêmio.
A malária é uma doença causada por parasitas do gênero Plasmodium, que são transmitidos aos seres humanos por meio da picada de mosquitos Anopheles infectados. Ela é predominante em regiões tropicais e seus sintomas podem variar de leves, como febre e dor de cabeça, a formas graves com risco de morte.
Para combater essa doença, a OPAS enfatizou a importância de os países e seus parceiros priorizarem ações para melhorar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento, abordando as barreiras que as comunidades afetadas podem enfrentar, como as populações rurais e móveis.
A malária está entre as mais de 30 doenças que devem ser eliminadas como parte da Iniciativa de Eliminação de Doenças Transmissíveis 2030 da OPAS.