Kit de telessaúde ultraportátil da OPAS leva serviços especializados de atenção primária de saúde a comunidades remotas das Américas

Foto do kit de telessaúde da OPAS

Washington D.C., 18 de março de 2025 (OPAS) – O manejo de doenças cardiovasculares complexas, o uso de ultrassons pré-natais especializados e o diagnóstico de doenças transmissíveis, como a tuberculose, agora podem ser realizados até mesmo nos locais mais remotos das Américas, graças ao lançamento dos kits de telessaúde da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Esses kits, parte do Pacote de Telemedicina All in One da Organização, proporcionam aos países tudo o que precisam para estabelecer serviços de telemedicina em comunidades rurais e de difícil acesso em toda a Região por apenas um quinto do custo de compra do equipamento separadamente.

Nas Américas, aproximadamente 35% da população não tem acesso aos serviços de saúde de que necessitam, principalmente devido a barreiras organizacionais, financeiras e geográficas. Para Sebastián García Saisó, diretor de Evidências e Inteligência para Ação em Saúde da OPAS, “os kits de telessaúde são um passo crucial para democratizar serviços integrais de atenção primária de saúde e levá-los às populações que mais precisam deles, desde as florestas da Amazônia até os picos dos Andes, incluindo os pequenos estados insulares do Caribe”.

Disponíveis por meio dos Fundos Rotatórios Regionais da OPAS – um mecanismo de aquisição conjunta que permite que países das Américas tenham acesso a vacinas de qualidade, medicamentos essenciais, suprimentos e tecnologias de saúde a preços acessíveis –, os kits contêm tudo o que é necessário para estabelecer serviços de telemedicina em campo. Isso inclui dispositivos como um monitor de pressão arterial, um glicosímetro, um termômetro, um equipamento de eletrocardiograma, um monitor de frequência cardíaca e um oxímetro. Todos podem ser conectados on-line e usados digitalmente.

Todos os equipamentos dos kits são digitais e interoperáveis e estão alojados em uma maleta durável, segura e ultraportátil, garantindo sua proteção e funcionamento mesmo quando transportados em terrenos difíceis.

“Embora a telessaúde não seja algo novo, a pandemia de COVID-19 nos motivou a explorar novas possibilidades em termos de aproveitar seu potencial para fornecer serviços de atenção primária em áreas de nossa Região que estavam desatendidas”, disse Marcelo D’Agostino, chefe da Unidade de Sistemas de Informação e Saúde Digital da OPAS.

“Os equipamentos podem ser operados por qualquer pessoa em campo, desde um médico local até um agente comunitário de saúde, e são projetados para se conectar digitalmente, facilitando a interpretação em tempo real dos resultados por um especialista que pode estar localizado a milhares de quilômetros de distância”, acrescentou D’Agostino.

Quando adquiridos por meio dos Fundos Rotatórios da OPAS, os kits de telessaúde reduzem em cerca de 80% o custo da compra do equipamento separadamente. Também é possível obter complementos para uma atenção mais especializada, como dispositivos de ultrassom e monitores fetais para atenção pré-natal, bem como máquinas portáteis de raio X, que têm sido fundamentais para aumentar o diagnóstico precoce e o tratamento da tuberculose em alguns países da região.

A OPAS trabalha com países das Américas para desenvolver serviços de telessaúde, desde o desenvolvimento de políticas até o planejamento, capacitação e implementação. Para facilitar este processo, o Pacote de Telessaúde All in One da OPAS inclui um software de código aberto que pode ser integrado aos sistemas de informação de saúde existentes. O software também tem um sistema de prontuário eletrônico para manejo de doenças crônicas não transmissíveis, além de um módulo de videoconferência para teleconsultas.