Profissionais do Mais Médicos mobilizados pela OPAS/OMS recebem homenagem do CNS

maismedicos_cns_homenagem_site

27 de janeiro de 2017 – O Conselho Nacional de Saúde (CNS) prestou nesta sexta-feira (27) uma homenagem aos profissionais cubanos do programa Mais Médicos. A atuação deles nas unidades básicas de saúde brasileiras é facilitada pelo trabalho da Organização Pan-Americana/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil.

“É uma satisfação o reconhecimento do CNS, por ser um órgão onde o controle social se transforma e efetiva. Nós, da OPAS/OMS, realizamos essa ‘triangulação’, que é a cooperação entre os governos brasileiro e cubano. Essa parceria fortalece o princípio constitucional de que a saúde é um direito de todos”, destacou o coordenador do Mais Médicos na Organização, Renato Tasca.

Segundo o presidente do CNS, Ronald Santos, a homenagem tem o simbolismo do compromisso e importância das ações e serviços prestados pelos profissionais cubanos à saúde brasileira. “Nós, do Conselho Nacional de Saúde agradecemos ao Governo Cubano em sua imensa contribuição a saúde, por meio de seus médicos e médicas, estudos e pesquisas”.

O oficial nacional da Unidade Técnica Mais Médicos Glauco Oliveira ressaltou a importância da iniciativa. “Temos a certeza que estamos no caminho certo em oferecer recursos humanos para um programa tão importante como os Mais Médicos”.

O profissional Hector Daniel Perdomo, que atua no Distrito Sanitário Especial Indígena de Pernambuco, representou os médicos cubanos cooperados no evento. “Reconhecer faz crescer. Nós, médicos cubanos, vamos nos dedicar ainda mais à saúde brasileira”.

Mais Médicos

O Mais Médicos foi criado em 2013 pelo Governo Federal brasileiro, com o objetivo de suprir a carência desses profissionais nos municípios do interior e periferias das grandes cidades. A Representação da OPAS/OMS no Brasil colabora com a iniciativa intermediando a vinda de médicos de Cuba para atuar em unidades de saúde do país.

Os médicos cubanos atuam na área de Atenção Básica, atendendo pessoas com diabetes, hipertensão e hanseníase, entre outras doenças, além de promoverem ações educativas. Eles também estão entre os profissionais que trabalham na prevenção e diagnóstico do vírus zika e no acompanhamento de crianças com microcefalia.

Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) – com aproximadamente 14 mil entrevistas – apresentou avaliações positivas da população sobre o desempenho dos profissionais brasileiros e estrangeiros que integram a iniciativa. Do total de entrevistados, 81% possuem baixa renda e 95% afirmaram estar satisfeitos com o programa. De 0 a 10, deram nota 8,4. Entre os indígenas, a média foi de 8,7.

Com informações do Conselho Nacional de Saúde
Foto: William Barreto/CNS