Washington D. C., 24 de junho de 2022 (OPAS) – A 170ª Sessão do Comitê Executivo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foi concluída nesta quinta-feira (23) com várias resoluções aprovadas para fortalecer a colaboração em apoio aos objetivos de saúde nas Américas, à resposta regional à COVID-19 e às medidas para reforçar a capacidade do organismo internacional de apoiar os países, especialmente durante emergências sanitárias.
“Todos nós entendemos que a Região não está no caminho certo para alcançar os ODS e especificamente o ODS 3”, afirmou a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne, em seu discurso de encerramento, referindo-se às metas estabelecidas pela comunidade internacional para melhorar o acesso à saúde universal. “Vocês reforçaram expressamente que a solidariedade e o trabalho conjunto foram essenciais para nos permitir reconstruir melhor tanto individualmente quanto coletivamente”, acrescentou.
Etienne agradeceu aos Estados Membros por apresentarem soluções colaborativas, como trabalho intersetorial, inclusive com o setor privado, e maior consideração da interculturalidade, inclusão e engajamento com subgrupos como comunidades LGBTQ+, populações indígenas e outros.
O Comitê aprovou resoluções para apoiar os países na batalha em andamento contra a pandemia. Com 1,2 milhão de novos casos notificados na semana anterior, as Américas continuam vulneráveis à COVID-19.
Também destacaram outros efeitos da pandemia, como o seu impacto devastador na saúde mental e no bem-estar das populações, agravado pela ausência ou interrupção de serviços especializados.
“Mais investimentos serão essenciais na promoção da saúde mental e no tratamento dos transtornos mentais, incluindo um número adequado de funcionários bem capacitados e a integração da saúde mental na atenção de saúde geral e nos serviços de saúde comunitários, bem como esforços mais amplos para reduzir o estigma e discriminação”, disse a diretora da OPAS.
Etienne acolheu com satisfação o apoio a políticas que integram a atenção primária para melhorar resultados de saúde, uma vez que “países com sistemas de saúde altamente fragmentados foram os piores preparados durante a pandemia”.
A diretora da OPAS também destacou a importância dos sistemas regulatórios nacionais, que desempenham um papel fundamental na supervisão da segurança, qualidade e eficácia de todas as tecnologias de saúde. Adicionou que estes “devem ser independentes e com o espaço necessário para desempenhar suas funções com base na ciência e nas evidências, sem interferência”.
O Comitê Executivo enfatizou novamente a necessidade de vigilância reforçada, que deve contar com capacidades nacionais e regionais robustas para testar, sequenciar e agir sobre patógenos em evolução. Sublinharam também a importância de compartilhar informações entre os Estados Membros neste contexto, como medidas de alerta precoce.
O Comitê se reúne duas vezes por ano para discutir o orçamento e as políticas da Organização para tratar de questões de saúde urgentes na região.
Os Órgãos Diretores da OPAS compreendem a Conferência Sanitária Pan-Americana, a mais alta autoridade governamental que se reúne a cada cinco anos para determinar as políticas gerais; o Conselho Diretor, que se reúne anualmente nos anos em que a Conferência não se reúne; e o Comitê Executivo, que atua como um grupo de trabalho da Conferência ou Conselho.