13 de novembro de 2019 – Com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), o estado de Mato Grosso do Sul assumiu nesta quarta-feira (13) o compromisso de reduzir pela metade o número de mortes maternas. Em cerimônia oficial na capital Campo Grande, o organismo internacional e governo estadual assinaram uma carta de cooperação para qualificar a atenção e promoção da saúde da mulher e da criança, assim como otimizar a gestão estratégica em saúde.
De acordo com a representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross, o comprometimento político do governo do estado de Mato Grosso do Sul vai mudar a triste realidade do alto número de mortes maternas em alguns municípios, inclusive em áreas de fronteira com o Paraguai. “Para alcançar isso, precisamos de intervenções com o envolvimento de atores de outros setores que não o de saúde. A saúde da mulher é um assunto de todas e todos, não apenas da Secretaria de Saúde, pois a construção da saúde se dá nos ambientes onde nós vivemos e dentro das comunidades”. Gross também ressaltou a importância de enxergar a mortalidade materna além dos gráficos. “Não estamos falando de números, estamos falando de pessoas e devemos nos focar nelas”.
Na ocasião, a representante reiterou o compromisso da OPAS/OMS em apoiar o estado no cumprimento da meta de reduzir a mortalidade materna em no mínimo 30% e até 50%. O governador Reinaldo Azambuja afirmou que é necessário que o estado pense além do desenvolvimento econômico, preocupando-se “com o social, a qualidade de vida das pessoas e, principalmente, com as comunidades mais vulneráveis”.
A OPAS/OMS e o estado também trabalharão para criar uma sala de inteligência estratégica da gestão. “O objetivo desta parceria é justamente pegar a expertise da OPAS para que possamos trabalhar em algumas políticas públicas. A sala de situação é um norteador que nos ajudará a focar onde há o maior número de mortes, nas comunidades mais distantes que precisam da atenção do estado”, enfatizou o governador.
Para o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, a parceria vai gerar ações efetivas para que Mato Grosso do Sul possa cumprir com a agenda 2030. “A construção de uma sala de inteligência estratégica em saúde vai municiar nossa gestão com dados em tempo real para que tomemos decisões oportunas para enfrentar as demais situações de saúde”, finalizou.