Cristo Redentor, no Brasil, é iluminado de roxo pela eliminação do câncer de colo do útero

Cristo iluminado de roxo
OPAS/OMS/Karina Zambrana
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Brasília, 10 de dezembro de 2024 – O Cristo Redentor, um dos monumentos mais emblemáticos do Brasil, foi iluminado  pelo quarto ano consecutivo de roxo na noite de sexta-feira (6/12), em uma ação que simboliza o compromisso do país com a eliminação do câncer de colo do útero. A iniciativa é do Instituto Lado a Lado pela Vida em parceria com o Ministério da Saúde, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor.

A iluminação marca um momento de união de esforços em prol da imunização contra o HPV e integra as atividades do Seminário “Câncer de Colo do Útero: o Brasil pode ficar sem” que, durante o dia, reuniu autoridades e gestores para dialogar sobre a temática. 

No dia anterior, o Rio de Janeiro também sediou o II Simpósio Eliminação do Câncer de Colo do Útero no Brasil. O evento reuniu especialistas, gestores públicos, representantes das três esferas de governo, cientistas e organizações da sociedade civil para debater avanços e desafios do Plano Nacional de Eliminação do Câncer de Colo do Útero, que inclui mudanças nas diretrizes de rastreamento e vacinação contra o HPV.

Apesar de ser uma doença evitável, o câncer de colo do útero permanece como um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo. Globalmente, é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com mais de 500 mil novos casos e 311 mil mortes registradas anualmente. 

No Brasil é o terceiro tipo de câncer mais frequente e a quarta maior causa de morte por câncer entre mulheres, afetando, sobretudo, aquelas em situação de vulnerabilidade, como negras, pobres e com baixos níveis de escolaridade. 

Estratégia de eliminação do câncer de colo do útero

A Estratégia Global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminação do câncer de colo do útero está orientada a partir de três pilares: vacinação, rastreamento e tratamento. Para alcançar as metas estabelecidas, é necessário garantir até 2030 que 90% das meninas estejam vacinadas contra o HPV até os 15 anos; que 70% das mulheres sejam submetidas ao rastreamento organizado aos 35 e 45 anos com o teste de HPV; e que 90% das mulheres diagnosticadas com lesões precoces ou câncer invasivo tenham acesso ao tratamento oportuno.