25 de setembro de 2018 – A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) assinou nesta terça-feira (25) um Termo de Cooperação com o município de Florianópolis, para fortalecer e qualificar o setor de atenção primária à saúde e a rede de atenção à saúde.
Os trabalhos estarão concentrados no aperfeiçoamento dos processos de trabalho, de forma a ampliar o acesso e melhorar a qualidade dos serviços prestados tanto no setor de atenção primária quanto no de média complexidade; fortalecimento do processo de regulação, responsável pela integração entre os pontos da rede de atenção; e qualificação da gestão, incluindo o desenvolvimento de um painel de monitoramento de indicadores estratégicos para embasar a tomada de decisão.
Florianópolis é a capital do estado brasileiro de Santa Catarina, no sul país. O município tem uma população estimada de 485.838 habitantes, distribuídas em 675,409 km², e possui 100% da população coberta pela Estratégia de Saúde da Família.
Termo de cooperação
Os Termos de Cooperação (TC) viabilizam a execução de ações que contribuem para o alcance de resultados em saúde, nos âmbitos nacional e internacional. A gestão conjunta entre a OPAS/OMS e autoridades nacionais, estaduais e municipais facilita a disseminação de informações, a socialização de experiências, a garantia de transparência da gestão e dos resultados da cooperação técnica, assim como a racionalização do uso e da distribuição dos recursos na execução das atividades.
Esses instrumentos de cooperação técnica têm evoluído ao longo do tempo. Começaram no ano 2000 como uma modalidade de apoio à realização de ações pontuais e, hoje, servem ao desenvolvimento de projetos de longo prazo. A vigência de um TC inicia a partir da data de sua assinatura e dura até cinco anos, podendo ser prorrogada por igual e sucessivo período.
Atenção primária
Na sua essência, a atenção primária em saúde (APS) cuida das pessoas, em vez de simplesmente tratar doenças ou condições específicas. Esse setor é geralmente o primeiro ponto de contato que as pessoas têm com um sistema de saúde. Oferece atendimento abrangente, acessível e baseado na comunidade, que pode atender de 80 a 90% das necessidades de saúde de um indivíduo ao longo de sua vida.
Isso inclui um espectro de serviços que vão desde a promoção da saúde (por exemplo, melhor alimentação) e prevenção (como vacinação e planejamento familiar) até o controle de doenças crônicas e cuidados paliativos.
Um sistema de saúde baseado em uma APS forte oferece melhores resultados, eficiência e maior qualidade de atendimento em comparação com outros modelos.
Já as redes de atenção à saúde, que podem ter diversos nomes em diferentes países, buscam organizar as ações e serviços de saúde para garantir a integralidade do cuidado em um espaço regional.
A APS e as redes de atenção à saúde são fundamentais para um país alcançar a cobertura e o acesso à saúde universal.
Foto: Cristiano Andujar/PMF