Com base em guia da OPAS, Brasil lança publicação sobre mudanças climáticas para profissionais de saúde

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Brasília, 1 de outubro de 2024 – O Ministério da Saúde do Brasil lançou recentemente um guia de bolso sobre mudanças climáticas voltado para profissionais da Saúde. O material é uma adaptação de uma publicação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) com a linguagem e as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

O objetivo do guia é facilitar o atendimento realizado por médicos, enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e outros profissionais por meio do acesso rápido a informações destinadas a oferecer mais segurança às orientações aos pacientes.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DVSAT), Agnes Soares, as ondas de calor, inundações e secas extremas trazem uma preocupação adicional tanto para quem organiza os serviços, como para os que prestam assistência às pessoas. “Seja numa UBS [Unidade Básica de Saúde] ou na atenção especializada, é preciso realizar algumas mudanças para manter a qualidade do atendimento, como uma adequação da medicação, por exemplo. A vantagem desse instrumento é ter essas informações nas mãos”, explicou a diretora.

Esta é a primeira vez que o Ministério da Saúde publica um material específico para os profissionais com relação às mudanças climáticas e os efeitos em saúde. O guia será entregue aos trabalhadores do SUS e está disponível no portal da pasta.

“O que queremos com este documento é proporcionar uma rápida e fácil adaptação a essa nova realidade. É notório que as mudanças climáticas afetam e vão continuar afetando não só a saúde das pessoas, como também a estrutura dos serviços. Ter a capacidade de ajudar os profissionais do SUS a responderem melhor a essa situação é uma das metas da nossa gestão”, completou Agnes.

Conteúdo do guia

Com mais de 130 páginas, o guia de bolso tem informativos sobre alterações nos tratamentos cardiovasculares, respiratórios, renais, oftalmológicos, cutâneos, gastrointestinais e neurológicos, além de trazer recomendações sobre o impacto dos efeitos climáticos na saúde mental e materno-infantil. O material também aborda as zoonoses e doenças de transmissão vetorial e orientações para os pacientes e comunidades.