19 de abril de 2018 – A XVI Semana de Vacinação nas Américas, celebrada entre 21 e 28 de abril, tem o objetivo de proteger 70 milhões de pessoas – 10 milhões a mais que em 2017 – contra uma série de doenças perigosas que podem ser prevenidas por meio de vacinas. A iniciativa é realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) desde 2003 para promover a vacinação e salvar vidas.
O lema da campanha deste ano, “Fortaleça suas defesas, #VacineSe, #AsVacinasFuncionam”, foi escolhido no contexto da Copa do Mundo de Futebol, que acontecerá na Rússia, e busca incentivar a população em geral e os viajantes a se vacinarem para fortalecer seus sistemas imunológicos e evitar doenças.
No marco da Semana, 11 países informaram que vão reforçar a imunização contra o sarampo, vacinando seis milhões de pessoas. O vírus endêmico da doença foi eliminado da região, mas segue circulando em outras partes do mundo. Além disso, em 2017 foram registrados quase 900 casos em quatro países das Américas e, nos primeiros meses deste ano, notificaram-se mais de 380 casos em 11 países.
“A Semana de Vacinação é uma grande oportunidade para unir esforços e proteger a saúde da população”, afirmou Carissa F. Etienne, diretora da OPAS. Etienne disse que monitorar e vacinar são fundamentais para evitar a reintrodução de doenças como o sarampo. Desde maio de 2017, a OPAS alertou em vários momentos sobre a situação e instou os países a redobrarem as ações para prevenir casos e frear a transmissão.
Por outro lado, no contexto da campanha, 14 países vacinarão pessoas contra a influenza, 16 vacinarão para prevenir a poliomielite, 13 contra o HPV e cinco contra a febre amarela. Dezesseis países planejam realizar outras atividades de saúde pública, como a distribuição de vitamina A e a desparasitação.
Neste ano, Cuba será a sede do lançamento regional da campanha. No dia 23 de abril, autoridades do país, junto ao diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus; à diretora da OPAS; representantes de outros países; de agências da ONU; e parceiros devem inaugurar a Semana no Instituto de Ciências Básicas e Pré-Clínicas “Victoria de Girón”, em Havana.
Da mesma forma, estão previstas atividades de lançamento em Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Brasil, Ilhas Virgens Britânicas, Colômbia, Curaçao, República Dominicana, Granada, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Paraguai, Santa Lúcia, São Martin, Turcos e Caicos e Trinidad e Tobago. Também estão previstos eventos internacionais em outros países.
O continente americano é uma referência global em imunização. Em 1971, tornou-se a primeira região do mundo a eliminar a varíola. Em 1994, conseguiu obter o certificado de eliminação da poliomielite e, em 2015, eliminou o sarampo. Em 2017, o tétano neonatal também foi eliminado.
Além disso, as Américas estão na vanguarda da introdução de novas vacinas: 21 países e territórios introduziram a vacina contra o rotavírus; 30 utilizam a vacina pneumocócica; e 31 protegem contra o HPV.
Desde sua criação, em 2003, mais de 720 milhões de pessoas de todas as idades foram vacinadas contra uma série de doenças durante as campanhas realizadas no marco da Semana de Vacinação nas Américas. Em 2012, a iniciativa inspirou a OMS a celebrar, pela primeira vez, a Semana Mundial de Imunização, para garantir que todo o mundo esteja protegido de doenças preveníveis por vacinação.