Gestores e profissionais de saúde podem participar gratuitamente dos cursos de mestrado e doutorado. Projeto é parceria com o Ministério da Saúde do Brasil e a OPAS. Inscrições começam no dia 22 de março e vão até o dia 30 de abril
Brasília, 8 de março de 2021 – O atual cenário da pandemia de COVID-19 e a recente experiência do Brasil com a epidemia de zika colocou em evidência a necessidade de tomadas de ação ainda mais coordenadas, rápidas e articuladas pelas autoridades sanitárias. Para fortalecer a atuação de gestores e de profissionais de saúde brasileiros e estrangeiros que atuam nas fronteiras do Brasil com outros países da América do Sul, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou a primeira seleção pública para mestrado e doutorado do Programa Educacional Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras – Brasil).
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de 22 de março até o dia 30 de abril de 2021. O edital completo está disponível no site https://formacaovigisaude.fiocruz.br/ e no www.campusvirtual.fiocruz.br > Cursos > Programas > VigiFronteiras-Brasil. A iniciativa conta com apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Segundo Cristiani Vieira Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, o Programa VigiFronteiras-Brasil pretende capacitar profissionais de saúde atuantes na região de fronteira, seja na gestão, na assistência, na vigilância ou na avaliação da qualidade dos serviços. "É uma oportunidade de ampliarem os conhecimentos e a compreensão da realidade para que exerçam suas atividades considerando as singularidades do funcionamento do sistema de saúde desses locais, que é totalmente influenciado pela dinâmica dos fluxos populacionais", explicou.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, destaca a importância da chamada para a melhoria dos serviços de saúde. “O programa é fundamental nesse momento de pandemia e extremamente estratégico para avançarmos no conhecimento sobre a vigilância epidemiológica nas fronteiras. A formação em nível de pós-graduação dos profissionais dessas localidades contribuirá para alcançarmos uma saúde pública cada vez melhor para o nosso país", ressaltou.
O programa também dotará os participantes de uma maior capacidade para tomada de decisão, segundo o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT) do Ministério da Saúde, Laurício Monteiro Cruz. "A qualificação dos profissionais brasileiros e estrangeiros resultará em um serviço mais qualificado para o enfrentamento de surtos, epidemias ou pandemias. Queremos incentivar gestores e profissionais de todas as secretarias de saúde estaduais e municipais a participarem da seleção. Isso se traduzirá em uma vigilância em saúde baseada em dados, garantindo ao gestor uma maior segurança nas decisões. Ciência sempre", comentou.
Para Socorro Gross, Representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, o Programa VigiFronteiras Brasil é estratégico. "O Programa VigiFronteiras Brasil, é uma importante iniciativa para capacitar e fortalecer a capacidade de resposta dos profissionais que atuam na fronteira brasileira com outros países da América do Sul. Será um espaço para brasileiros e participantes dos outros países se articularem, compartilharem e encontrarem soluções conjuntas para a saúde e a vigilância nas fronteiras", comenta.
Vagas
O VigiFronteiras-Brasil oferece gratuitamente 75 vagas para os cursos de mestrado e de doutorado que serão ministrados por meio de um consórcio entre os Programas de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente e Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e o Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (ILMD/Fiocruz Amazonas), além de docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul.
Enquanto a emergência sanitária pela COVID-19 perdurar, as atividades acadêmicas desenvolvidas pelos programas consorciados serão oferecidas na modalidade remota (online). Quando houver a determinação do fim do isolamento social pelas autoridades sanitárias dos países de origem dos alunos, os cursos serão oferecidos na modalidade presencial, nos polos determinados para a oferta: Escritório Regional da Fiocruz de Mato Grosso do Sul (município de Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul), Instituto Leônidas & Maria Deane – Fiocruz Manaus (município de Manaus, no estado do Amazonas) e Instituto Federal do Amazonas (município de Tabatinga, no estado do Amazonas).
O doutorado tem duração mínima de 24 meses e máxima de 48 meses. Já para o mestrado, o tempo mínimo para conclusão é de 12 meses e máximo de 24 meses. Cerca de 20% das vagas serão reservadas para Ações Afirmativas (cotas) e 80% para Ampla Concorrência. Metade das vagas serão destinadas, preferencialmente, para os candidatos que atuam nas fronteiras nos países sul-americanos, podendo haver remanejamento caso as vagas não sejam preenchidas por candidatos estrangeiros. Não haverá oferta de bolsas.
Etapas
As inscrições poderão ser efetuadas até às 23h59 do dia 30 de abril no link indicado no edital, cujo download deve ser feito no site: https://formacaovigisaude.fiocruz.br/.
No edital estão listados todos os documentos necessários, a forma de apresentação, além do cronograma de seleção. É de exclusiva responsabilidade do candidato acompanhar a divulgação das inscrições homologadas e o resultado das três etapas do processo seletivo - prova de inglês, análise curricular e documental e entrevista – na mesma página em que se inscreveu. As aulas devem ser iniciadas no segundo semestre.
Por conta da pandemia de COVID-19, a equipe envolvida na seleção está atuando remotamente. Por isso, todas as dúvidas sobre o edital serão respondidas apenas por e-mail.
Solicitações de informações e questionamentos devem ser encaminhados para selecaovigifronteiras@fiocruz.br.
Serviço
O que: Seleção Pública para o Programa Educacional Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras – Brasil)
Inscrições: de 22 de março a 30 de abril de 2021
Para quem: profissionais e gestores que atuem na área de vigilância em saúde, em especial em doenças transmissíveis, nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países sul-americanos vizinhos.
Cursos/duração: mestrado (2 anos) e doutorado (4 anos)
Modalidade: presencial (inicialmente, as aulas serão remotas devido à pandemia de COVID-19)
Vagas: 75 vagas
Início das aulas: segundo semestre de 2021
Edital: https://formacaovigisaude.fiocruz.br/
Dúvidas: selecaovigifronteiras@fiocruz.br