Washington, D.C., 29 de setembro de 2022 (OPAS) – Após a queda nos índices de vacinação e vigilância da poliomielite nas Américas e a recente confirmação da circulação do vírus da pólio em Nova York, nos Estados Unidos, as autoridades sanitárias da região aprovaram hoje uma resolução para priorizar os planos de mitigação da poliomielite, incluindo ações para aumentar a vacinação e a vigilância, e assegurar a preparação adequada para um possível surto.
O documento foi aprovado por unanimidade pela 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que reúne ministros e outras autoridades sanitárias das Américas a cada cinco anos para determinar as políticas gerais da instituição.
A resolução convoca os países a envolverem a sociedade civil, líderes comunitários, organizações não-governamentais, setor privado, instituições acadêmicas e outras partes interessadas para avançar e trabalhar de forma coordenada para manter a região livre da poliomielite.
Os países solicitaram à OPAS - como a agência de saúde para as Américas e Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a região - que forneça cooperação técnica e promova a colaboração entre os Estados-Membros no desenvolvimento, implementação e monitoramento dos planos de preparação para a poliomielite e de mitigação de riscos.
Os países também foram solicitados a informar à OPAS sobre os progressos alcançados, bem como os desafios que enfrentam na implementação de esforços para manter a poliomielite à distância na região.
A poliomielite, que pode se espalhar rapidamente entre comunidades com cobertura vacinal inadequada, não é tratável, mas é totalmente evitável por vacinação. No entanto, a cobertura vacinal caiu abaixo de 80% em quase todos os países das Américas nos últimos anos, e 12 países da região correm risco alto ou muito alto de sofrer um surto. A cobertura vacinal recomendada para evitar a reintrodução do vírus é de 95%.
Antes da confirmação da circulação da pólio em Nova York, Estados Unidos, a OPAS havia alertado aos Estados-Membros para que permanecessem vigilantes e tomassem medidas para atingir proativamente as populações não vacinadas, bem como para aumentar a vigilância para paralisia flácida aguda, que é um indicador da circulação da pólio.
Em 1994, após esforços conjuntos de países com o apoio da OPAS, a Região das Américas tornou-se a primeira do mundo a ser certificada livre da pólio pela OMS.