Cerca de 70 milhões de pessoas serão vacinadas durante a Semana de Vacinação nas Américas

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18 de abril de 2019 – Com a meta de imunizar cerca de 70 milhões de pessoas contra doenças preveníveis por vacinas, a Semana de Vacinação nas Américas acontecerá entre 20 e 27 de abril com um chamado para proteger as comunidades. A iniciativa, promovida desde 2003 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), visa aumentar a conscientização sobre os benefícios das vacinas e salvar vidas.

“Proteja sua comunidade. Faça sua parte” é o lema deste ano. A campanha tem um foco especial em pôr fim aos surtos de sarampo que ocorrem em vários países e, assim, proteger os avanços alcançados na região. Vinte e dois países das Américas planejam vacinar mais de 2,25 milhões de crianças e adultos contra essa doença.

“É dever de cada um fazer sua parte para promover a vacinação: desde profissionais de saúde até autoridades, mas também de pais, avós, professores, prefeitos e líderes comunitários”, destacou a diretora da OPAS, Carissa. F. Etienne.

Durante esta Semana de Vacinação, 45 países e territórios das Américas participarão ativamente para alcançar quase 70 milhões de pessoas com vacinas contra o sarampo, a poliomielite, a influenza e o papilomavírus humano (HPV), entre outras doenças. Ao menos 19 países e territórios intensificarão as atividades de seus programas nacionais de imunização, a fim de atualizar ou completar os calendários de vacinação em crianças. Várias estratégias serão empregadas, entre elas postos de vacinação fixos e móveis, brigadas de vacinação de casa em casa, atividades de comunicação para motivar mães e pais a levarem seus filhos às unidades de saúde mais próximas e a aplicação de vacinas nas escolas para doses de reforço em crianças e adolescentes.

“Todos nos beneficiamos da proteção oferecida pelas vacinas. No entanto, devemos garantir que todas as populações estejam vacinadas, como é seu direito. Para isso, devemos fazer esforços especiais para alcançar pessoas que vivem em áreas remotas, bairros mais carentes, comunidades indígenas, populações migrantes e pessoas que não têm acesso regular aos sistemas de saúde, não deixando ninguém para trás”, disse Etienne.

Nos últimos 17 anos, mais de 740 milhões de pessoas de todas as idades foram vacinadas contra uma ampla gama de doenças durante a Semana de Vacinação. Além disso, no marco da iniciativa, muitos países alocam profissionais de saúde e recursos financeiros para vacinar pessoas que vivem em áreas remotas, comunidades indígenas e aquelas com acesso limitado a serviços de saúde.

O lançamento regional da Semana de Vacinação será realizado no dia 22 de abril, em Cuiabá, Mato Grosso, com a participação da diretora da OPAS e das mais altas autoridades de saúde do país, entre outros parceiros. No âmbito da campanha, outros lançamentos acontecerão nacionalmente, binacionalmente e trinacionalmente em toda a região.

A Semana de Vacinação nas Américas também é uma oportunidade para proteger conquistas como a eliminação da poliomielite; 2019 marca os 25 anos desde que a região se tornou a primeira do mundo a ser declarada livre da pólio. Atualmente, existem três países no mundo com circulação endêmica da doença: Paquistão, Afeganistão e Nigéria. No entanto, até que a enfermidade seja eliminada em todo o mundo, as Américas continuam em risco. Por isso, torna-se necessário que os países permaneçam vigilantes e mantenham suas populações protegidas contra a doença. Para garantir esse objetivo, ao menos 17 países incorporaram a vacinação contra a poliomielite como parte da Semana.

A iniciativa tem sido usada como uma plataforma para integrar outras intervenções de prevenção e promoção da saúde, como a distribuição de vitamina A, desparasitação, controle de doenças transmitidas por vetores e avaliação da saúde, entre outras. Neste ano, ao menos 18 países têm planos de promover tais atividades no âmbito da campanha.

Em 2012, a Semana de Vacinação nas Américas se tornou um movimento global, quando a Assembleia Mundial da Saúde estabeleceu a Semana Mundial de Imunização, que será celebrada em 2019 pelo oitavo ano consecutivo, envolvendo 180 países em todo o globo.

A região das Américas é uma referência global em imunizações. Em 1971, tornou-se a primeira do mundo a eliminar a varíola. Em 1994, obteve a certificação para a eliminação da poliomielite. Em 2015, eliminou a rubéola e a síndrome da rubéola congênita. Em 2016, eliminou o sarampo e, em 2017, o tétano neonatal.

Semana de Vacinação em números:

  • Ao menos 20 países planejam vacinar mais de 2,25 milhões de crianças e adultos contra o sarampo (Anguilla, Bahamas, Barbados, Belize, Ilhas Virgens Britânicas, Colômbia, Costa Rica, Dominica, El Salvador, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Paraguai, St. Maarten, Suriname, Ilhas Turks e Caicos e Uruguai).
  • O Brasil implementou uma campanha massiva contra a gripe, visando alcançar 50 milhões de pessoas.
  • Outros 11 países (Chile, Colômbia, República Dominicana, El Salvador, Granada, Honduras, Jamaica, Paraguai, Peru, Santa Lúcia e Trinidad e Tobago) também realizarão campanhas contra a gripe dirigidas a vários grupos – em preparação ao aumento da circulação do vírus nos próximos meses.
  • Ao menos quatro países (Bolívia, Brasil, Colômbia e Equador) estão incluindo a vacinação contra a febre amarela em áreas de risco para a doença.
  • Cerca de 18 países e territórios – incluindo Belize, Bermudas, Barbados, Bonaire, Guatemala, Honduras, Jamaica, Panamá, Paraguai, St. Maarten, Trinidad e Tobago e Uruguai, planejam vacinar adolescentes contra o HPV, realizar ações promocionais e atividades educacionais.
  • Neste ano, 16 países buscam atingir populações em situação de vulnerabilidade, incluindo gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, idosos, populações indígenas, portadores de doenças crônicas, pessoas privadas de liberdade e trabalhadores penitenciários, entre outros grupos de risco ocupacional e populações vulneráveis.
  • Vários países concentrarão seus esforços na proteção de profissionais de saúde ocupacional contra uma série de doenças, como hepatite B, tétano e gripe.
  • Como parte do Mês de Vacinação dos Povos Indígenas do Brasil, um esforço conjunto do Programa Nacional de Imunização e do Departamento de Saúde Indígena, o objetivo é atualizar os calendários de vacinação de aproximadamente 695.782 pessoas em comunidades indígenas, além de administrar a dose anual da vacina da gripe. Esse esforço contará com a participação de cerca de 3.500 profissionais de saúde.