10 de abril de 2019 – O Ministério da Saúde do Brasil lançou nesta quarta-feira (10), em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, uma campanha nacional de vacinação contra a influenza (gripe). A pasta pretende vacinar 58,6 milhões de pessoas, em 5.570 municípios e 34 distritos sanitários especiais indígenas, até 31 de maio. Os grupos prioritários foram escolhidos conforme as recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre os dias 10 e 18 de abril, serão priorizadas as gestantes e as crianças de seis meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), grupos mais vulneráveis às complicações causadas pela doença.
A partir de 22 abril, a vacinação se estenderá aos demais públicos-alvo da campanha: puérperas, profissionais da área de saúde, povos indígenas, pessoas idosas, professoras(es), pessoas com doenças crônicas e outras categorias de risco clínico, população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medida socioeducativa e funcionárias(os) do sistema prisional. O dia D de mobilização será em um sábado, 4 de maio – data em que postos de vacinação de todo o país estarão abertos.
Quando a pessoa for se vacinar é importante levar junto o próprio cartão de vacinação e o das filhas ou filhos. Assim, os profissionais de saúde poderão ver se serão necessárias outras vacinas.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2019, foram notificados até o dia 23 de março 255 casos de influenza no Brasil, com 55 óbitos. No mundo, estima-se que a cada ano haja um bilhão de casos, que resultam em até 650 mil mortes. A medida mais eficaz para prevenir a influenza grave e suas complicações é a vacinação.
Entre outras importantes ações preventivas estão: lavar as mãos regularmente (com secagem adequada), evitar tocar nos olhos, nariz ou boca; tentar não manter contato próximo com pessoas doentes; autoisolamento precoce daqueles que se sentem mal, febris e apresentam outros sintomas da gripe; e cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, usando tecidos e descartando-os adequadamente.
Os vírus da gripe mudam constantemente. Por isso, a Rede Global de Vigilância de Influenza da OMS (GISN, na sigla em inglês), uma aliança de 144 Centros Nacionais de Influenza de todo o mundo, monitora os vírus que circulam em humanos. Do total de Centros, três ficam no Brasil.
Estratégia global
A OMS lançou em março deste ano uma estratégia global de controle da influenza para o período 2019-2030. O objetivo é proteger as pessoas contra essa ameaça. A nova estratégia busca prevenir a influenza sazonal, controlar a disseminação da gripe dos animais para os seres humanos e se preparar para a próxima pandemia de influenza.
Há dois objetivos principais: o primeiro é construir nos países capacidades mais fortes de vigilância e resposta a doenças, prevenção e controle, bem como preparação. Para alcançar isso, faz um chamado para que todos os Estados Membros tenham um programa de influenza adaptado, que contribua para a preparação nacional e global, assim como para a segurança da saúde.
O segundo é desenvolver melhores ferramentas para prevenir, detectar, controlar e tratar a gripe, a exemplo de vacinas, antivirais e tratamentos mais eficazes, com o objetivo de torná-los acessíveis a todos os países.
Foto: Erasmo Salomão/MS