Mpox: perguntas e respostas

Mpox é uma doença (anteriormente chamada de varíola dos macacos) causada pelo vírus mpox. Pode ser transmitida de pessoa para pessoa, principalmente por meio de contato próximo e, ocasionalmente, por meio de objetos e superfícies que foram tocadas por uma pessoa que tenha sido infectada por mpox. Também pode ser transmitido de animais infectados, como roedores e algumas espécies de macacos, para pessoas que tenham contato com eles.
 
Transmissão de pessoa para pessoa:
A mpox se espalha de pessoa para pessoa principalmente por meio do contato próximo com alguém que tem mpox, incluindo contato pele com pele (como tocar ou ter relações sexuais) e boca com boca ou com pele (como beijar na boca ou no rosto). A mpox também pode se espalhar ao estar cara a cara com alguém que tem mpox (como falar ou respirar perto um do outro, o que pode gerar partículas respiratórias infecciosas).

Pessoas com mpox são consideradas infecciosas até que todas as suas lesões tenham formado crostas; que as crostas tenham caído e uma nova camada de pele tenha se formado por baixo; e que todas as lesões nos olhos e no corpo (na boca, garganta, olhos, vagina e ânus) tenham cicatrizado, o que geralmente leva de 2 a 4 semanas.

Também é possível que o vírus persista por algum tempo em roupas, roupas de cama, toalhas, objetos, eletrônicos e superfícies que foram tocadas por uma pessoa com mpox. Alguém que tocar nesses itens pode ser infectado, principalmente se tiver cortes ou escoriações ou tocar os olhos, nariz, boca ou outras membranas mucosas sem primeiro lavar as mãos. Limpar e desinfetar superfícies/objetos e limpar as mãos após tocar em superfícies/objetos que podem estar contaminados pode ajudar a prevenir esse tipo de transmissão.

O vírus também pode se espalhar da gestante para o feto e durante ou após o nascimento por meio do contato pele a pele de um pai ou mãe com mpox para um bebê ou criança.

Embora tenha sido relatado que alguém que é assintomático (que não apresenta sintomas) contraiu mpox, ainda há informações limitadas sobre se o vírus pode ser transmitido de alguém com o vírus antes que ele apresente sintomas ou depois que suas lesões tenham cicatrizado. Embora o vírus vivo tenha sido isolado do sêmen, ainda não se sabe até que ponto a infecção pode se espalhar pelo sêmen, fluidos vaginais, fluidos amnióticos, leite materno ou sangue.

Transmissão de animais para humanos:
Alguém que entra em contato físico com um animal que carrega o vírus, como algumas espécies de macacos ou um roedor terrestre também pode desenvolver mpox. A exposição por esse contato físico com um animal ou carne pode ocorrer por meio de mordidas ou arranhões, ou durante atividades como caça, esfola, captura ou preparação de uma refeição. O vírus também pode ser contraído ao se comer carne contaminada que não foi bem cozida.

O risco de contrair mpox de animais pode ser reduzido ao se evitaR contato desprotegido com animais selvagens, especialmente aqueles doentes ou mortos (incluindo sua carne e sangue). Em países onde os animais carregam o vírus, qualquer alimento que contenha partes de animais ou carne deve ser bem cozido antes de ser consumido.

Transmissão de humanos para animais:
Houve alguns relatos de identificação do vírus em cães de estimação. No entanto, não foi confirmado se essas foram infecções verdadeiras ou se a detecção do vírus estava relacionada à contaminação por superfícies.

Os sintomas da mpox normalmente são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, fraqueza, gânglios linfáticos inchados e erupção ou lesões cutâneas. A erupção cutânea ou exantema geralmente começa dentro de um a três dias após o início da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado e podem depois formar crostas, secar e cair. O número de lesões em uma pessoa pode variar de poucos a milhares. A erupção cutânea tende a se concentrar na face, palmas das mãos e plantas dos pés. Também podem ser encontradas na boca, genitais e olhos.

Os sintomas tipicamente duram de duas a quatro semanas e desaparecem sem tratamento. Se você acha que tem sintomas que podem ser mpox, busque a orientação de um profissional de saúde. Avise-o se você teve contato próximo com alguém com caso confirmado ou suspeito da doença.

Na maioria dos casos, os sintomas da mpox desaparecem sozinhos em poucas semanas, mas em algumas pessoas podem provocar complicações médicas e até mesmo a morte. Recém-nascidos, crianças e pessoas com imunodepressão pré-existente correm risco de apresentar sintomas mais graves e de morte por mpox.

As possíveis complicações de casos graves de mpox são infecções de pele, pneumonia, confusão mental e infecções oculares que podem levar à perda da visão. Recentemente, cerca de 3% a 6% dos casos notificados provocaram morte em países endêmicos, frequentemente entre crianças ou pessoas com alguma condição crônica de saúde. É importante levar em conta que essa porcentagem pode estar subestimada, tendo em vista limitações da vigilância em países endêmicos.

A mpox pode ser transmitida de animais para as pessoas quando elas entram em contato físico com um animal infectado. Entre os hospedeiros animais, estão roedores e primatas. O risco de contrair mpox de animais pode ser reduzido ao se evitar o contato sem proteção com animais selvagens (incluindo sua carne e sangue), especialmente aqueles que estão doentes ou mortos. Em países endêmicos onde os animais carregam o vírus, quaisquer alimentos que contenham carne ou partes de animais devem ser cuidadosamente cozinhados antes do consumo.

As pessoas com mpox podem transmitir a doença enquanto apresentam sintomas (normalmente durante duas a quatro semanas). Essa doença pode ser contraída por contato físico próximo com alguém que tenha sintomas. A erupção cutânea (exantema), os fluidos corporais (tais como fluido, pus ou sangue de lesões na pele) e as crostas são particularmente infecciosas. Roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como pratos e outros utensílios usados para comer que foram contaminados com o vírus por contato com uma pessoa infectada também podem infectar outras pessoas.

Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem transmitir a doença, o que significa que o vírus pode se propagar através da saliva. Por isso, pessoas que têm contato próximo com alguém que está com o vírus, incluindo profissionais de saúde, membros do domicílio e parceiros sexuais estão em maior risco de infecção.

O vírus também pode ser transmitido da gestante ao feto por meio da placenta ou de um pai ou mãe infectado para seu filho, durante ou depois do nascimento, por meio do contato pele a pele.

Não está claro se as pessoas que não têm sintomas podem transmitir a doença.

Qualquer pessoa que tenha contato físico próximo com alguém com sintomas de mpox ou com um animal infectado com esse vírus corre risco de pegar a doença. É provável que as pessoas vacinadas contra a varíola tenham uma certa proteção contra a mpox. Entretanto, é pouco provável que pessoas mais jovens tenham sido vacinadas contra a varíola, pois a vacinação contra essa doença parou de ser realizada no mundo depois que ela se tornou a primeira doença humana a ser erradicada, em 1980. Apesar de as pessoas vacinadas contra varíola terem uma certa proteção contra a mpox, elas também devem adotar medidas para se proteger e proteger os demais.

Recém-nascidos, crianças e pessoas com imunodepressão pré-existente correm o risco de sintomas mais graves e de morte por varíola dos macacos. Profissionais de saúde também estão em maior risco devido à maior exposição ao vírus.

Você pode reduzir o risco ao limitar o contato com pessoas que estão com casos confirmados ou suspeitos de mpox.

Se você precisar ter contato físico com alguém que tenha mpox por ser um profissional de saúde ou por vocês morarem juntos, incentive a pessoa com o vírus a se isolar e a cobrir qualquer lesão de pele, se possível (por exemplo, usando roupas sobre a erupção cutânea). Quando vocês estiverem fisicamente próximos, a pessoa doente deve usar uma máscara cirúrgica, principalmente se tiver lesões na boca ou estiver tossindo. Você deve usar máscara também. Evite o contato pele a pele sempre que possível e use luvas descartáveis se precisar ter qualquer contato direto com as lesões. Use máscara ao manusear roupas ou roupas de cama caso a pessoa infectada não possa fazer isso sozinha.

Limpe regularmente as mãos com água e sabão ou álcool em gel, especialmente após o contato com a pessoa infectada, suas roupas, lençóis, toalhas e outros itens ou superfícies que tenham sido tocados ou que possam ter entrado em contato com as erupções cutâneas ou secreções respiratórias dela (utensílios e pratos, por exemplo).  Lave as roupas, toalhas, utensílios usados para comer e lençóis e da pessoa infectada com água morna e detergente.  Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte os resíduos contaminados (curativos, por exemplo) de forma adequada.

As crianças geralmente são mais propensas a ter sintomas graves de mpox do que adolescentes e adultos. O vírus também pode ser transmitido ao feto ou a um recém-nascido durante o nascimento ou por contato físico precoce.

Se você acha que tem sintomas ou teve contato próximo com alguém infectado com a mpox, entre em contato com seu profissional de saúde para aconselhamento, avaliação e assistência médica. Se possível, isole-se e evite o contato próximo com outras pessoas. Lave as mãos regularmente. O profissional de saúde coletará uma amostra e a analisará para oferecer a atenção que você precisa.

Os sintomas de mpox muitas vezes desaparecem por conta própria, sem a necessidade de tratamento. É importante cuidar da pele com erupção deixando-a secar ou, se possível, cobrindo-a com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Evite tocar em qualquer ferida na boca ou nos olhos. Pode-se utilizar enxaguantes bucais e colírios desde que se evitem os produtos com cortisona. Pode-se também recomendar a imunoglobulina vaccinia (VIG) para casos graves. Um antiviral que foi desenvolvido para tratar a varíola (tecovirimat, comercializado como TPOXX) também foi aprovado para o tratamento da mpox em janeiro de 2022.

Em 14 de agosto de 2024, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, determinou que o aumento de casos de mpox na República Democrática do Congo (RDC) e em um número crescente de países na África, constitui uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII) no marco do Regulamento Sanitário Internacional (2005) (RSI).

A declaração seguiu a recomendação de um Comitê de Emergência do RSI composto por especialistas independentes, que se reuniu para analisar os dados apresentados por especialistas da OMS e dos países afetados. O Comitê informou o diretor-geral que considera o aumento de casos de mpox como uma ESPII, com potencial de se propagar para mais países da África e possivelmente fora do continente.

Anteriormente, no dia 23 de julho de 2002, com mais de 16 mil casos de mpox (doença então chamada de varíola dos macacos) notificados em 75 países desde o início de maio daquele ano, o diretor-geral da OMS havia declarado aquele surto como ESPII. Posteriormente, em maio de 2023, foi declarado o fim daquela Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

A mpox pode se propagar por meio de contato próximo de qualquer tipo, inclusive beijos, toques, sexo oral e penetração vaginal ou anal com uma pessoa que esteja infectada. As pessoas que fazem sexo com vários parceiros ou com novos parceiros estão em maior risco.

Qualquer pessoa com erupções cutâneas ou lesões novas e incomuns deve evitar ter relações sexuais ou qualquer outro tipo de contato próximo com outras pessoas até que tenha sido testada para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e mpox. A erupção cutânea também pode ser encontrada em locais de difícil visualização dentro do corpo, inclusive na boca, garganta, genitais, vagina e ânus/área anal.

A mpox é transmitida de pessoa para pessoa através de contato físico próximo. O risco de contrair mpox não está limitado a pessoas sexualmente ativas ou homens que fazem sexo com homens. Qualquer pessoa que tenha contato físico próximo com alguém doente está em risco. Qualquer pessoa que tenha sintomas de mpox deve procurar imediatamente um profissional de saúde. Isso inclui pessoas que tenham conexões com comunidades onde casos foram notificados.

Vários dos casos notificados em países não endêmicos foram identificados em homens que fazem sexo com homens. Esses casos foram identificados em clínicas de saúde sexual. A razão pela qual se divulgaram mais relatos de casos de mpox em comunidades de homens que fazem sexo com homens pode estar relacionado ao comportamento positivo deste grupo demográfico na busca por serviços de saúde.

Quando há estigma ou discriminação relacionados a uma condição de sáude, as pessoas podem não procurar atendimento rapidamente, a qualidade do atendimento de saúde pode ser prejudicada e o acesso aos serviços de saúde para os mais vulneráveis é reduzido.

É possível prevenir ou reduzir o estigma e a discriminação relacionados à mpox por meio de estratégias para oferecer atendimento sem estigma, empregar uma linguagem não estigmatizante, apoiar as pessoas na busca de atendimento e criar um ambiente propício para que a melhor qualidade de atendimento esteja disponível.

A mpox era chamada de "varíola dos macacos" porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos mantidas para pesquisa em 1958. Só mais tarde foi detectada em humanos, em 1970.

Quando houve no início de 2022 a expansão do surto de mpox (doença que era então chamada de "varíola dos macacos"), houve casos de linguagem racista e estigmatizante na internet e em outros ambientes no mundo. Em várias reuniões públicas e privadas, diversos indivíduos e países manifestaram preocupação e pediram à OMS que propusesse uma forma de avançar. Por isso, após consultas com especialistas globais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu na Classificação Internacional de Doenças (CID) o novo termo "mpox" para se referir a essa doença.

Hay dos grandes clados del virus que causa la mpox: el clado I y el clado II. Este último ocasionó el brote mundial que comenzó en 2022. 

Se sabe que el clado I provoca cuadros más graves y más fallecimientos que el clado II en los lugares donde es endémico. Sin embargo, las diferencias entre los brotes anteriores —por ejemplo, en cuanto a los grupos de población afectados— no permiten sacar conclusiones definitivas. 

Los consejos de salud pública de la OMS permiten prevenir y tratar la mpox causada por cualquiera de los dos clados. 

En 2023 se notificó por primera vez en la República Democrática del Congo un nuevo tipo de virus del clado I, denominado clado Ib, que se ha estado propagando por contacto sexual y por otros tipos de contacto estrecho. Se están realizando estudios para conocer las características de esta nueva cepa. 

Más de 120 países han notificado casos de mpox entre enero de 2022 y agosto de 2024, con más de 100.000 casos confirmados por laboratorio y más de 220 fallecimientos entre los casos confirmados.  

En la región de las Américas, los brotes de mpox hasta agosto de 2024 han afectado principalmente a hombres (94%), con la transmisión predominantemente sexual entre gais, bisexuales y otros hombres que tienen sexo con hombres. Esta infección se puede presentar también en poblaciones con redes sexuales extensas como personas trabajadoras sexuales. 

El Director General de la OMS ha emitido recomendaciones temporales a los países, tras la declaración de la ESPII. https://www.who.int/news/item/19-08-2024-first-meeting-of-the-international-health-regulations-(2005)-emergency-committee-regarding-the-upsurge-of-mpox-2024

Incluyen recomendaciones sobre:

- Coordinación de emergencias

- Vigilancia de la enfermedad y capacidad de diagnóstico de laboratorio

- Atención clínica a los pacientes de viruela símica

- Viajes y comercio internacionales

- Vacunación

- Comunicación de riesgos y participación de la comunidad

- Financiación e integración de la mpox en los programas de salud existentes

- Vacíos en la investigación

- Presentación de informes a la OMS

Estas recomendaciones temporales se emiten para los Estados Miembros que están experimentando un recrudecimiento de la mpox, incluidos, entre otros, la República Democrática del Congo y Burundi, Kenya, Rwanda y Uganda.

Además, las actuales recomendaciones permanentes para la mpox se aplican a todos los países, y se han prorrogado hasta el 20 de agosto de 2025.

Perguntas e respostas sobre vacinas contra mpox

As vacinas produzidas para a varíola podem proteger contra mpox, incluindo: a) Dryvax, uma vacina licenciada na década de 1930 pela Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA); b) ACAM2000, licenciada em 2007; e c) uma vacina mais recente que foi desenvolvida para a varíola (MVA-BN, também conhecida como Imvanex, Imvamune, ou Jynneos) e aprovada pelas Autoridades Reguladoras Nacionais da União Europeia, Canadá e Estados Unidos para prevenir a varíola e a mpox.

Tendo em vista a limitada quantidade de vacinas disponíveis atualmente no mundo, a prioridade neste momento é utilizá-las nas situações em que haja o maior impacto em saúde pública, bem como focar na vigilância, comunicação de risco, engajamento comunitário, rastreamento de contatos e outras medidas de saúde pública destinadas a prevenir a propagação do vírus causador dessa doença.

Mais Informações