Brasília, 7 de dezembro de 2020 – O Ministério da Saúde do Brasil, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, o World Mosquito Program e os governos do estado de Pernambuco e do município de Petrolina, assinaram, nesta sexta-feira (04/12), um termo de cooperação técnica para o início das ações do Método Wolbachia no sertão pernambucano.
A liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia no meio ambiente é uma técnica que tem sido implementada por diversos países, inclusive o Brasil, para impedir que o vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no inseto. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foi convidada para acompanhar tecnicamente esse projeto, que será implementado agora no município de Petrolina e posteriormente expandido para outras localidades do país.
Por meio do World Mosquito Program, conduzido no Brasil pela Fiocruz, a OPAS já havia feito neste ano a avaliação externa do Método Wolbachia na cidade de Niterói, estado no Rio de Janeiro. A análise apontou que a técnica contribuiu para um número de casos de chikungunya 75% menor quando comparadas as áreas do município onde foi feita a liberação de mosquitos com as que não fizeram. Só foi possível avaliar adequadamente a infecção por essa doença, porque neste ano houve baixo registro de circulação dos vírus da dengue e zika em Niterói.
A equipe da OPAS também constatou que o projeto é bem aceito pela população, gestores públicos e membros da comunidade. Essa é uma etapa importante, já que as liberações de mosquitos com a Wolbachia devem ser feitas com frequência, até que a bactéria se estabeleça no território.
Além de Niterói e Petrolina, Belo Horizonte (no estado de Minas Gerais), Fortaleza (Ceará), Foz do Iguaçu (Paraná) e Manaus (Amazonas) participam da iniciativa no país e estão em diferentes fases de implantação.
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