3 de agosto de 2018 – A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde apresentou durante o XXI Congresso Iberoamericano de Doenças Cerebrovasculares e Encontro Ministerial Latinoamericano de AVC, um panorama das doenças crônicas não transmissíveis no mundo e um portfólio de ações custo-efetivas para preveni-las e controlá-las. O evento ocorre até este sábado (4), em Gramado, no Rio Grande do Sul.
“As doenças crônicas são de longe a principal causa de morte no mundo, representando 63% de todas as mortes anuais. Essas enfermidades, principalmente o câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas tiram a vida de 36 milhões de pessoas a cada ano”, afirmou Katia de Pinho Campos, coordenadora de Determinantes da Saúde, Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental do escritório da OPAS/OMS no Brasil, durante a abertura do encontro internacional.
Entre as enfermidades crônicas, as que mais matam são as doenças cardiovasculares e o acidente vascular cerebral (AVC). Estima-se que, juntas, foram responsáveis por tirar a vida de 17,7 milhões de pessoas no mundo, representando 31% de todas as mortes em nível global.
“Se reduzirmos a mortalidade por doença cardíaca isquêmica e acidente vascular cerebral em 10%, reduziremos as perdas econômicas em ao menos US$ 25 bilhões por ano, o que é três vezes maior que o investimento necessário para medidas de prevenção e controle”, ressaltou Katia.
Os principais fatores de risco para essas enfermidades são dietas inadequadas, sedentarismo, uso de tabaco e consumo nocivo de álcool. Os efeitos desses tipos de comportamento podem se manifestar em indivíduos por meio de pressão arterial elevada, glicemia alta, hiperlipidemia, sobrepeso e obesidade.
Redução de risco
Há uma série de medidas que têm se mostrado eficazes na redução do risco de uma pessoa vir a ter doenças crônicas. Por exemplo, a cessação do tabagismo, diminuição do sal na dieta, consumo de frutas e vegetais, prática de atividades físicas regulares e uso não nocivo do álcool.
Além disso, o tratamento medicamentoso da diabetes, hipertensão e hiperlipidemia podem ser necessários para reduzir os riscos cardiovasculares e prevenir ataques cardíacos e AVCs.
Para motivar as pessoas a adotarem e manterem comportamentos salutares, também é essencial os governos adotarem políticas públicas de saúde que criem ambientes propícios para escolhas saudáveis e acessíveis.