Brasil relança iniciativa Cure All e reafirma compromisso no combate ao câncer infantojuvenil

Seminário
Foto: Karina Zambrana/OPAS/OMS
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Brasília, 26 de junho de 2024 – O Brasil deu mais um grande passo nas ações contra o câncer infantojuvenil ao relançar a iniciativa Cure All, na segunda-feira (24/06). Promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a iniciativa visa aumentar significativamente as taxas de sobrevivência de crianças e adolescentes com câncer.

O marco do relançamento ocorreu durante o Seminário "Brasil contra o Câncer Juvenil", promovido pelo Ministério da Saúde, nos dias 24 e 25 de junho, para discutir a implementação e o plano de trabalho da Cure All no Brasil.

A coordenadora de Equidade, Doenças Crônicas não Transmissíveis e Saúde Mental do escritório da OPAS e da OMS no Brasil, Elisa Prieto, destacou que o câncer é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes em todo o mundo.

"Estima-se que aproximadamente 280 mil crianças de 0 a 19 anos sejam diagnosticadas com câncer a cada ano no mundo . Na América Latina, pelo menos 29 mil meninas, meninos e adolescentes serão afetados pelo câncer anualmente, e cerca de 10 mil morrerão desta doença", afirmou.

Ela ressaltou ainda que o impacto do câncer infantil se traduz em anos de vida perdidos, maiores desigualdades e dificuldades econômicas.

"Isso pode e vai mudar com essa união de esforços globais que estamos promovendo. Com o relançamento da Cure All, o Brasil reafirma o compromisso com o aprimoramento das políticas públicas para o tratamento e a prevenção do câncer infantojuvenil”.

Cure All nas Américas

A Cure All nas Américas tem o objetivo de melhorar o cuidado e os resultados para todas as crianças e adolescentes com câncer na América Latina e no Caribe. Implementada no âmbito da Iniciativa Global da OMS contra o câncer infantil, a Cure All também busca reduzir as desigualdades nas taxas de sobrevivência de crianças e adolescentes com câncer entre países mais e menos desenvolvidos.

As mortes evitáveis por câncer infantil em países de baixa e média renda ocorrem como resultado de subdiagnóstico, diagnósticos tardios ou incorretos, dificuldades de acesso a cuidados de saúde, abandono de tratamento, morte por toxicidade e maiores taxas de recorrência.

A maioria dos cânceres infantis pode ser curada com quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Portanto, é necessário fazer um diagnóstico precoce e preciso seguido de um tratamento eficaz.

No Brasil, o cuidado desde o diagnóstico até o tratamento para câncer em crianças e adolescentes é oferecido de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A mesa de abertura do seminário contou com a presença do secretário adjunto de Atenção Especializada à Saúde (SAES) do Ministério da Saúde do Brasil, Nilton Pereira Júnior; da diretora do Departamento de Prevenção da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Gilmara Santos; da diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Leticia Cardoso; da assessora técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Luciana Vieira; e da chefe da Seção de Oncologia Pediátrica do Inca, Sima Ferman.