País apresenta plano de ação para interromper circulação do vírus nos quatro estados onde ainda há surto e voltar a se ver livre da doença até 2023
Brasília, 2 de setembro de 2022 – A Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita encerrou nesta sexta-feira (2), em Brasília, a reunião e visita técnica para conhecer de perto as ações realizadas pelo Brasil para interrupção do surto de sarampo que ocorre no país desde 2018.
Os especialistas independentes que compõem o grupo, em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a câmara Técnica Nacional de Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da rubéola, discutiram com as autoridades de saúde brasileiras os desafios para recuperar o status de eliminação do sarampo. Também foram feitas recomendações ao ministro da Saúde e às equipes técnicas para que o Brasil fique uma vez mais livre da transmissão autóctone (que ocorre dentro do território nacional) do vírus causador dessa doença.
O país havia eliminado o sarampo em 2016. Porém, a combinação de casos importados com a baixa cobertura vacinal levou a um surto da doença. Desde então, o Ministério da Saúde, os estados e os municípios brasileiros têm buscado, em parceria com a OPAS, fortalecer e integrar ações de vigilância epidemiológica, laboratório, vacinação, atenção primária, comunicação e mobilização social e comunitária.
Como resultado desse esforço, houve redução da incidência de sarampo nos últimos três anos. Em 2019, foram notificados 20.901 casos em 23 das 27 unidades federativas do Brasil. Neste ano, o número caiu para 44 casos, em quatro estados: Amapá (32 casos), São Paulo (8), Rio de Janeiro (2) e Pará (2).
Para interromper de vez a circulação do vírus, o Ministério da Saúde do Brasil apresentou um plano de ação nesta sexta-feira (2), comprometendo-se a acabar com o surto nos quatro estados remanescentes até o fim de novembro e seguir com medidas para manter a eliminação do vírus em todo o território nacional até 2023, com a participação dos três níveis de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro: nacional, estadual e municipal.
Também participaram do encerramento da visita técnica da Comissão Regional o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a Câmara Técnica de Especialistas do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), a Câmara Técnica Imunização (CTAI) e representantes dos estados e dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa causada por um vírus. Pode ser prevenida por uma vacina segura e eficaz, cujas doses devem ser administradas conforme o calendário nacional de vacinação de cada país.
A vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Brasil e está disponível de forma gratuita, ao longo de todo o ano, nos postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
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