2 de junho de 2020 – A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, disse que manter medidas de distanciamento social, melhorar a vigilância e fortalecer os sistemas de saúde são as três chaves para controlar a pandemia de COVID-19 nas Américas.
Apenas na semana passada, houve 732 mil novos casos em todo o mundo e, destes, mais de 250 mil ocorreram em países da América Latina, "uma séria preocupação que deve servir como um apelo para redobrar nossos esforços", afirmou Etienne em coletiva de imprensa.
A situação que enfrentamos é terrível, mas não desesperadora - desde que nossa abordagem para derrotar o vírus se baseie na solidariedade. Devemos trabalhar juntos, compartilhar recursos e aplicar as estratégias comprovadas que aprendemos ao longo do caminho” – Carissa F. Etienne, diretora da OPAS
As Américas, “uma região de enormes desigualdades”, estão enfrentando emergências simultâneas de saúde, econômicas e sociais durante a pandemia, que devem ser tratadas em conjunto para deter a COVID-19, declarou a diretora da OPAS. Isso inclui um número acentuado de casos, economias tensas e grupos vulneráveis em maior risco, como populações indígenas, migrantes e pessoas com doenças crônicas.
“Somos uma região de sistemas de saúde pública frágeis e subfinanciados, que lidam com muito mais do que a COVID-19. Estamos lidando com malária, sarampo, dengue e muitas outras doenças”, disse a diretora da OPAS. “Isso significa que devemos ser especialmente determinados e adaptáveis às circunstâncias únicas de nossa região, muito diversificada. E devemos lembrar que nem todos os países, cidades e comunidades são afetados da mesma maneira.”
As principais lições da pandemia sobre distanciamento social são ter cuidado e “não abrir muito rápido ou correr o risco de ressurgimento da COVID-19, o que pode ameaçar as conquistas obtidas nos últimos meses. Considerar uma abordagem geográfica para bloquear e abrir com base na transmissão em locais específicos, conforme apropriado”, afirmou a diretora da OPAS. "O distanciamento social diminui a transmissão para que os serviços de saúde possam testar casos suspeitos, rastrear contatos e tratar e isolar pacientes".
Sobre vigilância, Etienne observou que, “embora a capacidade de testes não seja perfeita, praticamente todos os locais da região têm dados suficientes para rastrear e monitorar onde o vírus está se espalhando. Isso deve conduzir nossa tomada de decisão. Também nos ajudará a direcionar melhor as medidas de apoio social tão necessárias. Usem os dados para personalizar sua resposta, proteger comunidades vulneráveis e concentrar seus esforços onde novas infecções estão aumentando. Esforços preventivos são mais eficazes quando informados pela vigilância”.
Os sistemas de saúde estão se expandindo para atender às demandas do crescente número de casos, embora "muitos lugares estejam sobrecarregados, operando com o limite de suas habilidades", disse Etienne. “A OPAS forneceu orientação adaptável, apoio e trabalhou lado a lado com os países para preparar seus sistemas de saúde para um aumento nas infecções. Envolver hospitais privados e instalações de seguridade social utiliza as capacidades de todos os setores em uma determinação única de responder a essa pandemia.”
A resposta à pandemia depende da segurança e saúde dos profissionais de saúde, e os suprimentos de equipamentos de proteção individual (EPI) devem continuar fluindo à medida que os casos aumentam, disse Etienne. Os profissionais de saúde "arriscam suas vidas para salvar a nossa e precisam do nosso apoio agora mais do que nunca".
A resposta à pandemia depende da segurança e saúde dos profissionais de saúde e os suprimentos de equipamentos de proteção individual (EPI) devem continuar fluindo à medida que os casos aumentam, disse Etienne. Os profissionais de saúde "arriscam suas vidas para salvar a nossa e precisam do nosso apoio agora mais do que nunca".
"Temos uma tradição de pan-americanismo, nossa luz orientadora desde a fundação da OPAS, em 1902, que nos ajudou a superar incontáveis surtos". Segundo a diretora da OPAS, “os países serão mais fortes em sua resposta se puderem aprender uns com os outros, reunir recursos e experiência e aproveitar os dados mais recentes e nosso apoio constante”.