OPAS envia testes para apoiar diagnóstico de COVID-19 em brasileiros, migrantes e refugiados

Militares da Força Tarefa da Operação Acolhida, no Brasil, carregam testes para diagnóstico de COVID-19 doados pela OPAS
Militares da Força Tarefa da Operação Acolhida, no Brasil, carregam testes para diagnóstico de COVID-19 doados pela OPAS
Militares da Força Tarefa da Operação Acolhida, no Brasil, carregam testes para diagnóstico de COVID-19 doados pela OPAS

Brasília, 19 de fevereiro de 2021 – A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em apoio às autoridades brasileiras, doou 17 mil testes rápidos baseados em antígenos para fortalecer a capacidade de diagnóstico da COVID-19 na população migrante e refugiada atendida pela Operação Acolhida, no estado de Roraima.

Criada em 2018, essa iniciativa do Governo Federal do Brasil é uma resposta humanitária ao fluxo de venezuelanos e venezuelanas ao país. Conta com decisivo apoio material, logístico e pessoal de membros da Plataforma Interagencial R4V – organismos internacionais e da sociedade civil –, como a OPAS, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), ONU Mulheres, entre outros.

Ao todo, já foram enviados pela OPAS, desde a semana passada, 249,6 mil testes rápidos baseados em antígenos para colaborar com a capacidade diagnóstica de quatro estados brasileiros: Amazonas, Pernambuco, Roraima (dos quais, 17 mil destinados à Operação Acolhida) e Rondônia.

O uso desses testes pela Operação Acolhida buscará facilitar a identificação de pessoas migrantes e refugiadas infectadas pela COVID-19 no momento da chegada, de modo a isolá-las e atendê-las. Também permitirá diagnosticá-las no processo de interiorização – estratégia que auxilia o deslocamento de migrantes e refugiados venezuelanos de Roraima para outros estados brasileiros com apoio do Governo Federal e parceiros, oferece oportunidades de inclusão socioeconômica e diminui a pressão sobre os serviços públicos locais.

Os testes podem ser usados ainda em profissionais de saúde e militares da Força Tarefa da Operação Acolhida que estão com sintomas sugestivos de COVID-19 e atuam nos municípios roraimenses de Pacaraima e Boa Vista.

Outras ações de apoio à Operação Acolhida

Além da cooperação técnica na resposta das autoridades nacionais à COVID-19, a Organização Pan-Americana da Saúde tem colaborado com a Operação Acolhida em outras frentes. Em dezembro de 2020, a OPAS, que também funciona como escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, realizou a última atividade de um projeto para fortalecer as capacidades locais em saúde mental e apoio psicossocial em Roraima, que deixou um importante legado para o estado.

Ao longo de todo o trabalho, iniciado em agosto de 2019, foram realizadas oficinas de capacitação de profissionais de saúde, atores humanitários e lideranças comunitárias, assim como atividades de promoção da saúde mental para crianças e adolescentes e grupos de ajuda e suporte mútuos para migrantes, refugiados e população de acolhida.

Foram capacitados 104 profissionais da rede de atenção à saúde, utilizando o Guia de Intervenção Humanitária – mhGAP, 61 lideranças comunitárias e 71 atores humanitários sobre a temática de saúde mental e apoio psicossocial no contexto migratório. No total, 2.443 migrantes e refugiados foram beneficiados com ações de promoção de saúde mental e apoio psicossocial e 2.893 pessoas foram alcançadas com medidas de orientação e prevenção à COVID-19. O projeto foi financiado com recursos doados pela Embaixada do Japão no Brasil.

Com início em agosto de 2020, em parceria com o Ministério da Saúde, foi realizada uma Oficina em Prevenção Combinada para gestores e profissionais de saúde do estado de Roraima e dos municípios roraimenses de Boa Vista e Pacaraima. Além disso, membros dos comitês de saúde, compostos por venezuelanos, dos abrigos de Boa Vista e Pacaraima foram capacitados em prevenção combinada. Para melhor alcançar a população refugiada e migrante nos abrigos e população-chave, agentes de prevenção combinada foram treinados e mobilizados para realização de ações de educação em saúde dentro dos abrigos e na comunidade de acolhida. 

Também foram promovidas ações de prevenção em HIV, IST e hepatites virais entre refugiados e migrantes venezuelanos em três abrigos no estado de Roraima – Janokoida (no município de Pacaraima), Pintolândia e Rondon III (ambos em Boa Vista) – com realização de testagem rápida para HIV, sífilis, hepatite B e C e distribuição de autotestes para HIV.

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