Brasília, 19 de janeiro de 2023 – A representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Socorro Gross, reuniu-se nesta quinta-feira (19/01) com a recém-empossada ministra da Saúde do país, Nísia Trindade, para alinhar ações prioritárias com o organismo internacional para fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. Foi o primeiro encontro oficial para discutir agendas de cooperação.
Na reunião, foram debatidas estratégias para a vacinação contra a COVID-19 e outras doenças, como a poliomielite e o sarampo, vigilância e formação de recursos humanos por meio de programas de imersão, além de cooperações sobre bancos de leite humano, dos quais o Brasil possui a maior e mais complexa rede do mundo – a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR), inclusive, é um Centro Colaborador da OPAS/OMS.
“Os indicadores de mortalidade materna, saúde indígena, diagnósticos e tratamento de câncer são exemplos de temas que nos preocupam”, destacou Nísia, no encontro. A ministra também manifestou interesse em dialogar sobre produção de insumos estratégicos para fomentar o desenvolvimento tecnológico no Brasil.
Estratégia de cooperação
Na reunião, Socorro Gross entregou para a ministra Nísia um exemplar da Estratégia de Cooperação do País 2022-2027 Brasil. O documento elenca planos de desenvolvimento e prioridades estratégicas. "As parcerias entre a OPAS e o Ministério da Saúde são de longa data, com muitos avanços e conquistas. Agora com a ministra Nísia Trindade, reafirmamos o nosso compromisso de seguirmos cooperando em prol do SUS e da saúde de todas as pessoas, sem deixar ninguém para trás", destacou a representante da OPAS/OMS no Brasil.
Entre as prioridades da cooperação estão:
- Proteger e promover a saúde da população, centrada nas pessoas, famílias e comunidades, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade;
- Recuperar, melhorar e tornar mais fortes os serviços de saúde e os programas prioritários impactados pela pandemia de COVID-19;
- Contribuir para o desenvolvimento de um SUS mais resiliente, equitativo e eficaz, de acordo com as necessidades de saúde da população;
- Impulsionar a pesquisa, a inovação e a geração de conhecimentos científicos e tecnológicos em saúde, incluindo aqueles voltados à pesquisa, ao desenvolvimento e à produção de medicamentos, fitoterápicos e produtos tradicionais em saúde, vacinas, biotecnológicos e tecnologias em saúde;
- Reforçar a prevenção, a preparação, a resposta oportuna e a recuperação nas emergências e nos desastres, com a participação das comunidades afetadas.