Manaus, 8 de abril de 2021 – Um estudo feito no estado do Amazonas pelo grupo VEBRA COVID-19 (Vaccine Effectiveness in Brazil Against COVID-19) mostrou que a vacina CoronaVac tem efetividade de 50% na prevenção de adoecimento por COVID-19 após 14 dias da primeira dose. A pesquisa, que foi apoiada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), envolveu 67.718 trabalhadores de saúde residentes no município de Manaus.
O estudo foi o primeiro a avaliar a efetividade da Coronavac em locais onde há predomínio da variante P.1. Essa variante do coronavírus SARS-CoV-2 (causador da COVID-19), também conhecida pelo nome B.1.1.28.1, foi identificada pela primeira vez no Amazonas e, até o dia 24 de março, foi notificada por outros 14 países da região das Américas: Argentina, Aruba, Canadá, Chile, Colômbia, Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, México, Peru, São Martinho, Estados Unidos da América, Uruguai e Venezuela.
O trabalho do grupo VEBRA envolve pesquisadores e servidores das Secretarias de Saúde dos Estados do Amazonas e de São Paulo e das Secretarias Municipais de Saúde de Manaus e de São Paulo, com colaboração da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas – além da OPAS.
Segunda dose
Os dados apresentados são preliminares, tendo em vista que ainda está em andamento a coleta de informações relativas à análise final de efetividade – ou seja, após 14 dias da aplicação da segunda dose da vacina.
Posteriormente, o grupo avaliará a efetividade da Coronavac e da vacina Astrazeneca/Oxford em pessoas idosas nos municípios de Manaus, Campo Grande e São Paulo, bem como no estado de São Paulo.
A CoronaVac é uma vacina criada na China (Sinovac) e produzida no Brasil pelo Instituto Butantã.