Na região das Américas, a cada ano, 77 milhões de pessoas sofrem de doenças transmitidas por alimentos (ETA). A organização internacional de saúde trabalha em conjunto com os países da região para fortalecer seus sistemas de controle de alimentos e enfatiza que esse tipo de doença deve ser prevenida.
Rio de Janeiro, Brasil, 7 de junho de 2022 (PANAFTOSA/SPV-OPAS/OMS) - A segurança dos alimentos é uma prioridade de saúde pública em escala global, pois o consumo de alimentos não saudáveis representa ameaças à saúde e coloca em risco a vida de todos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), bebês, crianças pequenas, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas são particularmente vulneráveis. As doenças diarreicas afetam cerca de 220 milhões de crianças a cada ano, das quais 96.000 acabam morrendo. Alimentos inseguros criam um ciclo vicioso de diarreia e desnutrição que compromete o estado nutricional dos mais vulneráveis.
O Dia Mundial da Segurança dos Alimentos deste ano tem como tema: “Alimentos seguros, melhor saúde”. Com esse propósito, serão promovidas medidas para prevenir, detectar e gerir os riscos transmitidos pelos alimentos e melhorar a saúde humana.
O comportamento humano, a forma como os sistemas alimentares são criados e a forma como as cadeias de abastecimento alimentar são geridas podem evitar que perigos como agentes patogênicos infecciosos (bactérias, vírus e parasitas) e contaminantes químicos acabem nos alimentos. Os investimentos feitos em sistemas alimentares mais sustentáveis também resultarão em benefícios de longo prazo para a saúde humana, animal, ambiental e para a economia geral dos países.
A OMS estima que a cada ano cerca de 600 milhões de pessoas em todo o mundo - quase 1 em cada 10 habitantes - adoecem por comer alimentos contaminados e que 420.000 morrem dessa mesma causa. Alimentos inseguros causam perda de produtividade e despesas médicas, além de danos à economia e ao comércio.
Segundo o Banco Mundial, as doenças transmitidas por alimentos custam US$ 7,4 milhões anualmente em perda de produtividade da sociedade, sobrecarregando os sistemas de saúde e reduzindo o desenvolvimento como resultado da perda de confiança em um turismo seguro, produção de alimentos e sistema de comercialização.
Na América Latina e no Caribe, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por meio de suas ações de cooperação técnica em inocuidade dos alimentos, coordenadas pelo Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA/SPV-OPS/OMS), está trabalhando com os países da região para fortalecer seus sistemas de controle de alimentos por meio de seus cinco pilares: normas e regulamentos; educação e comunicação; vigilância; inspeção e laboratórios.
Estima-se que na região das Américas a cada ano 77 milhões de pessoas sofrem de doenças transmitidas por alimentos (DTA) e mais de 9.000 morrem. Do total de pacientes, 31 milhões são crianças menores de 5 anos, das quais mais de 2.000 morrem. As DTA são evitáveis e é possível ajudar a preveni-las.
Fazer mudanças sistêmicas para melhorar a saúde fornecerá alimentos mais seguros, um elemento essencial para permitir o desenvolvimento humano de longo prazo e um pré-requisito para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A razão de um Dia Mundial
A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou uma resolução em dezembro de 2018 proclamando o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos. A partir de 2019, todo dia 7 de junho será um momento para celebrar os benefícios da alimentação segura.
A OPAS, por meio de PANAFTOSA/SPV-OPAS/OMS, colabora com os governos da região para fortalecer os sistemas de inocuidade dos alimentos em toda a cadeia alimentar, desde a produção até o consumo.
Site em três idiomas e material para divulgação nas redes sociais:
Dia Mundial da Segurança dos Alimentos 2022
Mais informações: @panaftosa_inf
Contato de imprensa: Daniel Salman – salmanjos@paho.org