Washington D.C., 7 de abril de 2023 (OPAS) –Hoje estamos celebrando o Dia Mundial da Saúde, como fazemos todos os anos no dia 7 de abril. Além disso, estamos homenageando a Organização Mundial da Saúde no 75º aniversário de sua criação. Portanto, esta é a ocasião perfeita para destacar as conquistas das últimas décadas, os grandes avanços na saúde pública que melhoraram a qualidade de vida das pessoas e as lições aprendidas, reconhecendo, ao mesmo tempo, os desafios que estão por vir.
Saúde para todas as pessoas é o grande objetivo que temos buscado durante todos esses anos. Não tenho dúvidas de que já avançamos muito, mas as desigualdades na Região das Américas são persistentes e se exacerbaram como resultado da COVID‑19.
A pandemia teve um impacto considerável sobre a saúde e a vida das pessoas e sobre as condições para o desenvolvimento dos países da região, expondo e aprofundando os desafios estruturais enfrentados pelos sistemas de saúde, que afetaram a capacidade de resposta e aprofundaram as iniquidades.
Durante a crise, os serviços de saúde essenciais foram interrompidos; já os serviços que recebiam pacientes com COVID‑19 se viram sobrecarregados devido à alta demanda. Apesar dos esforços empreendidos, manter a continuidade da atenção continua sendo um desafio.
A pandemia também provocou desabastecimento e iniquidades no acesso a medicamentos essenciais e outras tecnologias de saúde. Além disso, piorou significativamente as barreiras existentes de acesso aos serviços de saúde e criou novas barreiras.
Nosso objetivo é desenvolver e alcançar sistemas de saúde resilientes, capazes de se preparar e responder a emergências de forma efetiva, de manter suas funções essenciais durante crises e de se reorganizar e se transformar se as condições assim o exigirem.
Conforme atravessamos a pandemia, a estratégia de Atenção Primária à Saúde (APS) reafirmou-se como uma abordagem essencial para alcançar esse objetivo, porque o componente fundamental de um sistema de saúde resiliente é a atenção primária eficiente, capaz de articular medidas de promoção, prevenção, vigilância e cuidados para os problemas de saúde mais prevalentes nas comunidades.
Mais do que nunca, no contexto da Região das Américas, “saúde para todas as pessoas” é um chamado a reafirmar o compromisso com a atenção primária à saúde para construir sistemas resilientes, além de ser um chamado a redobrar os esforços para que isso se realize.
Em nome da Organização Pan-Americana da Saúde, reitero nosso compromisso com os Estados Membros e nosso apoio para alcançar saúde para todas as pessoas.
Dr. Jarbas Barbosa