Três variantes do vírus da COVID-19 foram encontradas em 14 países das Américas, informa OPAS

COVID-19 DNA

Organização Pan-Americana da Saúde pede reforço na vigilância, investigação de surtos e rastreamento de contatos

Washington, D.C., 28 de janeiro de 2021 (OPAS) – Três novas variantes do vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, foram detectadas em 14 países das Américas, o que gera preocupações sobre a possível maior propagação e gravidade dos casos de COVID -19 na região. Esse informe foi publicado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em sua mais recente Atualização Epidemiológica.

Os países são: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, Equador, Estados Unidos da América, Jamaica, México, Panamá, Peru, República Dominicana, Santa Lucia e Trindade e Tobago.

“As mutações são esperadas como parte da propagação de qualquer vírus”, disse Sylvain Aldighieri, gerente de incidentes da OPAS. “É por isso que pedimos às autoridades nacionais e locais que continuem fortalecendo as atividades voltadas para o controle da doença, incluindo o monitoramento de perto da COVID-19. São necessárias a vigilância epidemiológica, incorporando vigilância genômica regional ampliada, investigação de surtos e rastreamento de contatos. Quando apropriado, o ajuste das medidas sociais e de saúde pública também é importante para reduzir a transmissão”.
 
A atualização da OPAS destaca que “recentemente foi documentado que as pessoas infectadas com a variante VOC 202012/01 têm um risco maior de morrer do que as infectadas com outras variantes. Estudos preliminares sugerem que a variante 501Y.V2 está associada a uma carga viral mais elevada, o que pode sugerir um potencial maior de transmissibilidade”.
 
Em referência às duas variantes detectadas recentemente no Reino Unido e na África do Sul, Aldighieri observou que nenhuma transmissão comunitária parece ter ocorrido na região das Américas até agora. Os casos parecem ser limitados, por enquanto, a pessoas que viajam partindo dos dois países ou estão conectadas a pessoas que partem desses países.
 
A terceira variante, detectada no estado do Amazonas, Brasil, é mais prevalente em nível local. Pesquisadores sugeriram recentemente um nexo de causalidade com o aumento de internações observado nas últimas semanas em Manaus, “mas ainda é cedo para tirar conclusões sobre a intensidade da associação entre o aparecimento da variante e a dinâmica recente de transmissão”, afirmou Aldighieri.
 
Alcançando um marco sombrio, o número de mortes nas Américas devido à COVID-19 chegou a 1.015.534 pessoas em 26 de janeiro. O número de indivíduos infectados com a doença foi de 44.197.482 em 56 países e territórios das Américas.
 
Durante uma recente coletiva de imprensa, a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne, observou que “a perda de um milhão de pessoas devido a este vírus deve servir como um apelo urgente de que devemos fazer ainda mais para proteger a nós mesmos e aos outros. Isso inclui fortes apelos para reforçar as medidas de saúde pública necessárias agora em cada um dos locais onde estamos vendo surtos”. 

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