OPAS participa de lançamento da campanha do Ministério da Saúde do Brasil para prevenção da monkeypox (varíola dos macacos)

Mesa da cerimônia de lançamento da campanha de prevenção à varíola dos macacos

Brasília, 22 de agosto de 2022 – A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) participou nesta segunda-feira (22) do lançamento da campanha de prevenção à varíola dos macacos (monkeypox) do Ministério da Saúde do Brasil. O objetivo é orientar as pessoas na autoavaliação de risco e conscientizar sobre a importância das medidas de prevenção.

Com o conceito “Varíola dos Macacos. Fique bem com a informação certa”, a campanha será veiculada em TV, rádio, locais de grande circulação de pessoas, páginas da internet e redes sociais.

De 1º de janeiro a 22 de agosto de 2022, foram notificados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 41.664 casos confirmados de varíola dos macacos, em 96 países e territórios. Também foram registradas no mundo 12 mortes: no Brasil (1), Equador (1), Espanha (2), Gana (1), Índia (1), Nigéria (4) e República Centro-Africana (2).

Durante o lançamento, a representante da OPAS e da OMS no Brasil, Socorro Gross, lembrou que ainda são limitadas as evidências sobre a efetividade dos medicamentos e da vacina disponível – que foi criada originalmente para varíola, doença erradicada do mundo em 1980; e não para varíola dos macacos, que é a responsável pelo atual surto. Por isso, destacou que atualmente a prevenção é a medida mais importante.

“Pelos dados que temos neste momento, o maior fator de risco de infecção é para pessoas com múltiplos parceiros sexuais. A transmissão ocorre por contato pele a pele. Então, a forma de prevenção é não ter contatos com pessoas que têm a doença e evitar eventos onde se pode ter contato com uma pessoa que tenha a doença”, afirmou, acrescentando a importância de combater o estigma contra quaisquer grupos populacionais, a nível comunitário e de saúde.

“Não temos como cometer os erros do passado, quando tivemos os primeiros casos de HIV/aids e muita discriminação (quanto à orientação sexual)”. Na mesma linha, o ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, ressaltou que essas “correlações impróprias” em nada ajudam no enfrentamento do surto. “A maior prevenção é a informação correta da forma de contágio dessa doença”, disse.

A varíola dos macacos (monkeypox) é transmitida, principalmente, por meio do contato de uma pessoa sadia com uma pessoa infectada que apresente lesões de pele que parecem espinhas, bolhas ou furúnculos, ou por fluidos corporais. Esse contato pode se dar por meio de relações sexuais, beijos, abraços e apertos de mão, por exemplo.

Quem tiver essas lesões e outros sintomas de monkeypox, como febre, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas costas, fraqueza e gânglios linfáticos inchados deve procurar imediatamente um profissional de saúde.

O atual surto de varíola dos macacos, que foi declarado em 23 de julho pela OMS como emergência de saúde pública de importância internacional, não é causado por macacos e o nome da doença será mudado para evitar maus-tratos a animais.

Para controlar a monkeypox, além das medidas de prevenção e comunicação de risco, é fundamental que os países e territórios implementem intervenções de saúde pública como detecção precoce, vigilância, manejo clínico adequado, isolamento de pacientes em casa ou hospitais e seguimento de contatos.

Centro de Operação em Emergências

A OPAS faz parte do Centro de Operação em Emergências (COE) para enfrentamento da monkeypox, ativado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 29 de julho com a participação de técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

O objetivo do COE é organizar a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro para uma resposta coordenada nas três esferas de gestão – federal, estadual e municipal.

Conforme dados do Ministério da Saúde do Brasil, o país já registrou 3.788 casos confirmados, 4.175 suspeitos e um óbito por monkeypox.

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