17 de julho de 2018 – Quatro cidades brasileiras já receberam da Organização Mundial da Saúde (OMS) a certificação internacional de Cidade e Comunidades Amigáveis à Pessoa Idosa. Os municípios de Pato Branco, no Paraná, e Esteio, no Rio Grande do Sul, foram os últimos a receber a qualificação, em junho deste ano. Antes, a capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, e Veranópolis, no mesmo estado, receberam o certificado.
Segundo Haydee Padilla, coordenadora da Unidade Técnica de Família, Gênero e Curso de Vida da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, também escritório regional da OMS para as Américas, “para ser membro da ‘Rede Mundial de Cidades Amigas das Pessoas Idosas’, inicialmente é preciso que as autoridades políticas locais firmem um compromisso para desenvolver um plano de ação voltado à adaptação da cidade para as necessidades das pessoas idosas”, tendo como ponto de referência o Guia Global: Cidade Amiga do Idoso da OMS.
O organismo internacional recomenda a seus membros que utilizem um quadro, seguindo oito domínios da vida urbana que podem influenciar na saúde e na qualidade de vida das pessoas idosas, para avaliar e desenvolver os planos de ação. São eles: espaços ao ar livre e edifícios; transportes; habitação; participação social; respeito e integração social; participação cívica e emprego; comunicação e informação; e apoio da comunidade e serviços de saúde. Cada município, com participação de diversas instituições parceiras, desenvolve seu plano de ação em concordância com suas necessidades e capacidades para realizar melhorias.
Rede Mundial
Mais de 600 cidades e comunidades em 37 países fazem parte da rede global e já estão trabalhando para melhorar seus ambientes físicos e sociais, facilitando um ambiente que permita o envelhecimento saudável.
Ser membro da “Rede Mundial de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas” da OMS não é indicativo de que a cidade ou comunidade já é um ambiente amigável e adaptado às necessidades das pessoas idosas. Essa certificação é dada como reconhecimento ao compromisso da cidade ou da comunidade em trabalhar para benefícios aos idosos, além de propiciar políticas, serviços, ambientes e estruturas que permitam melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas à medida que elas envelhecem.
Os objetivos da rede mundial são estabelecer relações entre as cidades participantes, bem como entre elas e a OMS; facilitar o intercâmbio de informação e boas práticas; fomentar intervenções apropriadas, sustentáveis e custo-efetivas para melhorar a vida das pessoas idosas; e proporcionar apoio técnico e capacitação.
É importante destacar que uma Cidade Amiga da Pessoa Idosa é desenhada para todas as idades, não exclusivamente para alcançar melhorias para a população idosa. Todos são beneficiados em qualquer faixa etária e família.