1 de outubro de 2019 – A cooperação técnica da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) com os países membros nas Américas é tema central do último Relatório Anual da Diretora 2019, apresentado ontem (30/9) por Carissa F. Etienne aos ministros da saúde e outros líderes no 57º Conselho Diretivo, em Washington.
O relatório descreve o apoio da OPAS aos esforços dos países para avançar em direção à saúde universal, focando-se nas 11 metas estabelecidas na Agenda de Saúde Sustentável para as Américas 2018-2030 (SHAA2030), uma estratégia para a ação regional de saúde pública aprovada por unanimidade pelos ministros da Saúde das Américas em 2017.
"A visão da Agenda apoia firmemente não deixar ninguém para trás e o conceito de saúde para todos, que cativou a atenção da comunidade mundial de saúde e das pessoas em todo o mundo por muitos anos", disse Etienne. "A ideia de pessoas saudáveis e produtivas em todos os lugares, vivendo suas melhores vidas apesar dos desafios inevitáveis, é algo que não pode deixar de inspirar”.
O objetivos da Agenda de Saúde Sustentável para as Américas visam avançar em direção à saúde universal ao reduzir as lacunas de saúde dentro e entre os países, por meio de melhorias nos serviços de saúde, reduções progressivas nos gastos de saúde “do próprio bolso” e a eliminação de outras barreiras que impedem as pessoas de terem acesso à atenção médica onde e quando precisarem.
"A saúde universal tem o objetivo de fornecer serviços de saúde integrados, de qualidade e abrangentes, que abordem promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, e que sejam acessíveis a todos quando necessário, sem resultar em dificuldades financeiras para os usuários", disse Etienne.
Orientada pelos objetivos da SHAA, a cooperação técnica da OPAS entre 2018 e 2019 concentrou-se no apoio às 11 áreas a seguir: 1) acesso equitativo aos serviços de saúde; 2) administração e governança em saúde; 3) recursos humanos para a saúde; 4) financiamento da saúde; 5) medicamentos, vacinas e tecnologias; 6) sistemas de informação para saúde; 7) evidências e conhecimentos em saúde; 8) surtos, emergências e desastres; 9) doenças crônicas não transmissíveis e saúde mental; 10) doenças transmissíveis; e 11) desigualdades e iniquidades em saúde.
O trabalho da OPAS durante este período priorizou pessoas e grupos em condições de vulnerabilidade e países que vivenciam crises políticas e migratórias, entre outras, com sérios impactos na saúde pública. A OPAS também priorizou seu trabalho em oito países que são oficialmente designados como países prioritários: Bolívia, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Nicarágua, Paraguai e Suriname.
"Embora reconheçamos que existem diferenças no estágio de desenvolvimento, tamanho, cultura, recursos e sistemas dos países, acreditamos firmemente que todos eles podem abordar os princípios e componentes essenciais da saúde universal, independentemente dessas diferenças", acrescentou Etienne.
Links
— Relatório Anual da Diretora 2019
— Agenda de Saúde Sustentável para as Américas 2018-2030 (SHAA2030)