Projeto ECHO Latino América ELA: Segunda sessão – 26 de junho de 2020

A segunda reunião mensal do Projeto ECHO Latino América ELA: Teleconferências mensais sobre programas de prevenção de câncer cérvicouterino ocorreu na sexta-feira 26 de junho de 2020.

Durante a reunião, as colaboradoras do Projeto ECHO ELA: Silvana Luciani, Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Melissa Lopez Varon, Centro de Câncer MD Anderson da Universidade de Texas (MDACC) e Sandra San Miguel, Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (NCI), e os membros da Faculdade, Drs. Silvina Arrossi (Argentina), Maria Tereza da Costa (OPAS/WDC), Mauricio Maza (El Salvador) e Mila Salcedo (MDACC) deram as boas-vindas aos 119 participantes, incluindo responsáveis pelos programas nacionais de câncer cérvicouterino e de imunizações dos Ministérios de Saúde da Latino América; representantes de ONGs e associações professionais trabalhando no tema; pontos focais da OPAS de cada país, representantes da OPAS de Washington, D.C., da OMS de Genebra, do  Centro de Câncer MD Anderson da Universidade de Texas, do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos e colaboradores relacionados ao tema.

Durante a reunião mensal

  • Se reforçou a meta do Projeto ECHO ELA: ajudar aos países a desenvolver planos nacionais e alcançar as metas de eliminação do câncer cérvicouterino: metas de 90-70-90 (90% de cobertura de vacinação contra o HPV; 70% de testes de triagem; y 90% de tratamento);
  • Foi apresentado por Silvana Luciani/OPAS, o tema didaticamente concentrado na ‘Eliminação do Câncer Cérvicouterino nas Américas’
  • A Dra. Suyapa Bejarano e colegas de Honduras apresentaram o caso ‘Câncer de Colo Uterino – Percepções desde uma ONG.’ Como enfoque principal para a apresentação, se delineou a capacidade instalada e oportunidades de adaptação às restrições devido ao COVID-19. A advocacia e as políticas públicas foram apresentadas como opções viáveis para melhorar a situação. Se discutiram as barreiras principais que estão impedindo o progresso no alcance do objetivo, incluindo a alfabetização sobre o câncer. Cabe recordar aos participantes que o Projeto ECHO® se baseia em um intercâmbio multilateral de conhecimentos utilizando casos no epicentro da discussão.
Planes nacionales de cáncer cervicouterino

 

Discussão:

Foi abordada a oportunidade que o começo das aulas apresenta e também a alfabetização dos pais e das crianças para diminuir a estigmatização. O caso apresentado reforçou a importância do trabalho comunitário e dos modelos de educação, incluindo modelos piloto para demonstrar as melhores estratégias que funcionam na comunidade. Foi discutida a necessidade de continuar programas e difundir informação de saúde pública. Igualmente se reiterou a necessidade de maior intervenção de parte das autoridades para brindar apoio a todos os níveis. Tivemos um diálogo muito ativo e enriquecedor, este resume inclui as perguntas, respostas e comentários feitos durante a reunião. As Dras. Chacón e Morales de El Salvador também tinham programado apresentar um caso mas, devido à falta de tempo, este caso será apresentado durante nossa seguinte reunião mensal em Julho.

Perguntas, Respostas e Comentários

Dra. Ileana Quiroz (Costa Rica) – Vocês têm conseguido avançar na capacitação ativa das mulheres e quais são as estratégias que se tem utilizado para que as mulheres compareçam ao teste de triagem e como é feito o seu acompanhamento quando os testes são positivos?

 

Dra. Suyapa Bejarano (Apresentação de Caso, Honduras) - A base comunitária que inclui patronatos, grupos de mulheres e igrejas fazem a convocação. A instituição fornece todo o material e equipamento. Os resultados são entregues e temos um 89% de acompanhamento e tratamento das pacientes por ser o tratamento gratuito. Todas as pacientes que têm lesões suspeitas são encaminhadas a colposcopias, se necessitam de terapia térmica recebem o tratamento, e se a paciente necessita cirurgia maior ou tem um câncer muito avançado, pode ser encaminhada a um dos hospitais oncológicos.

Dra. Jackie Figueroa (Secretaria de Saúde, Honduras) – Temos tido a oportunidade de implementar o teste de HPV e ter avançado em poder identificar como introduzir este teste e todos os aspectos implicados desde educação, recurso humano, sistema de informação etc. Temos colaborado com Cidade Mulher apoiando colposcopias e colaborando com a universidade para continuar a formação de pessoal médico. É requerida a reestruturação de Unidade de Câncer. Estamos trabalhando na governança para estruturar um plano compreensivo que aborde este tema.

 

Dra. Mila Salcedo (ECHO ELA Faculdade – Centro de Câncer MD Anderson) – Reforçou a importância dos Planos Nacionais de Controle de Câncer Cervical e a importância de poder identificar as falhas na atenção primária e identificar em qual etapa se perdem as pacientes. A Dra. Salcedo também ressaltou a importância de fornecer tratamento oportuno durante o teste de triagem.

 

Dra. Maria Tereza da Costa (ECHO ELA Faculdade – OPAS/WDC) – Felicitou a Dra. Suyapa por sua apresentação e por ressaltar as falhas na atenção primária, as quais é possível corrigir. Sugeriu que a informação gerada deve de ser compartilhada com o programa nacional de imunização. A única vacina disponível para a região, que é muito custo-efetiva, é a tetravalente que garante cobrir aproximadamente 70% dos cânceres. Nosso maior desafio é a cobertura vacinal e temos que enfocar neste ponto.

 

Dra. Ida Molina (Secretaria de Salud, Honduras) – O desafio do país é acelerar ao mais curto prazo a formulação do Plano de Controle do Câncer Cérvicouterino. Existem avanços devido à coordenação, ainda que a pandemia tenha representado uma grande barreira. Devemos seguir impulsionando para que o país priorize este tema a nível político e temos que buscar todos os espaços possíveis para poder avançar. A vacinação continua sendo um desafio e ainda maior com a pandemia. Todo trabalho que seja feito deve ser compartilhado para aprendermos uns com os outros e proteger a saúde das meninas.

 

Dra. Silvina Arrossi (ECHO ELA Faculdade – Argentina) – Foi considerada a incorporação das estratégias de Ver e Tratar e inspeção visual como alternativa para resolver alguns dos problemas de acesso a cobertura e se contam com algum sistema de informação? Na nossa experiência, a implementação de um sistema de informação que permita fazer o acompanhamento de toda a linha de cuidado (teste de triagem, diagnóstico e tratamento) é um dos eixos fundamentais do programa. Já estabelecido, os demais passos podem ser estruturados mais facilmente.

 

Dra. Suyapa Bejarano (Apresentação de Caso, Honduras) - O departamento de Patologia Cervical enfoca muito na qualidade da atenção que presta, foi implementada a inspeção visual e foi implementado um sistema de telemedicina. Não foi implementado Ver e Tratar porque não existem os recursos para o tratamento in situ e não temos conseguido uma curva de qualidade da atenção que nos permita garantir que estamos resolvendo o problema das pacientes. A inspeção visual tem sido todo um sucesso, temos treinado 79 estudantes de medicina e avaliado aproximadamente 5,000 mulheres. Por meio da telemedicina, cerceamos a qualidade do diagnóstico.

 

Dra. Jacqueline Figueroa (Secretaria de Saúde, Honduras) - Desde 2015 foi implementada uma capacitação sobre inspeção visual, a crioterapia e a ablação termal.  Foram publicados trabalhos onde o pessoal de saúde efetuava a inspeção visual e fazia biopsias e tivemos muita efetividade. É importante ter centros de saúde comunitários para identificar médicos com capacidade de fazer inspeções visuais com equipamentos adequados para fazer o tratamento. Entre 15% de mulheres com HPV positivo encontrou-se que 50% tinham algum tipo de lesão. A capacitação deve ser bem estruturada com monitoramento e avaliação. Foi elaborado todo um sistema de informação, o qual já está sendo implementado em alguns municípios. A falta de acesso à internet e de computadores é uma grande barreira.

 

Dra. Eliana Wendland (Brasil) – Mencionou a diferença entre a vacinação e a prevalência dos HPV que causam câncer, como o 16 e 18. A prevalência do HPV 18 no Brasil é baixa. O fato de que seja baixa não significa que não seja importante. Quando se aborda o tema de teste de triagem, deve haver uma adaptação sobre o processo de triagem nos diferentes países de Latino América.

Por favor use este link para ter acesso  à gravação da reunião e sinta-se à vontade para compartilhar com outros colegas: 

https://mediaplayer.mdanderson.org/video-full/7FB1412C-E516-4248-8426-D06F0B85B44F

 

Webinar

 

 

 

Segunda sesión del Proyecto ECHO ELA 

 

Presentación: Segunda sesión del Proyecto ECHO ELA -  26 Junio 2020

 

Cáncer de cuello uterino. Percepciones desde una ONG- Caso de Honduras

 

Presentación Caso Honduras - sesión Proyecto ECHO EL 26 junio 2020

 

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