O programa de imunização no contexto da pandemia de COVID-19, 26 de março de 2020
Em dezembro de 2019, um novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi identificado como o agente causal de uma grave infecção respiratória aguda (COVID-19) em Wuhan, China. (1,2) O vírus se alastrou por diversos países, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma pandemia em 11 de março de 2020. • Ainda há algumas incertezas a respeito da história natural do SARS-CoV-2, inclusive as fontes, os mecanismos de transmissão e a persistência do vírus no ambiente. Documentou-se a transmissão de pessoa para pessoa com um período de incubação de dois a 14 dias. • Não existe atualmente uma vacina disponível contra o SARS-CoV-2. A OMS lançou um projeto com vistas a coordenar e acelerar o desenvolvimento dessa vacina. Em 26 de março, existiam duas possíveis vacinas cujos ensaios clínicos já haviam iniciado e 52 que se encontravam na fase pré-clínica. • Nesse ínterim, no contexto da pandemia de COVID-19, os sistemas de saúde estão enfrentando um rápido aumento da demanda. Quando os sistemas de saúde estão saturados, tanto a mortalidade direta, associada ao surto, como a mortalidade indireta, suscitada por estados clínicos que podem ser prevenidos e tratados, como por vacinas, aumentam drasticamente. De fato, uma análise da epidemia de ebola de 2014-2015 indica que o número aumentado de mortes causadas por sarampo, malária, HIV/AIDS e tuberculose, atribuível ao fracasso dos sistemas de saúde, ultrapassou o das mortes por ebola. • A OMS recomenda, portanto, que a vacinação seja considerada um serviço de saúde essencial que não deve ser interrompido. Versão atualizada:: O programa de imunização no contexto da pandemia da COVID-19, v. 2 (24 de abril de 2020) |