A situação sociodemográfica das pessoas indígenas na América Latina e Caribe. Análise no contexto do envelhecimento e da COVID-19
Ao pensar e compreender o envelhecimento saudável, é importante considerar os diversos processos de envelhecimento da população e, no que diz respeito aos povos indígenas, considerar as questões estruturais entrelaçadas, que vão desde desigualdades acentuadas em relação à população não indígena, acompanhadas de conflitos ligados ao território, até aspectos culturais como a forma de conceber e interpretar a velhice, o envelhecimento, a saúde e o que é saudável. Esta publicação apresenta um resumo das informações contextuais sobre o tamanho, a localização e a distribuição da população indígena na América Latina e Caribe, com foco no envelhecimento demográfico dos povos indígenas, e descreve a situação social, econômica e cultural das pessoas idosas indígenas. Os dados, extraídos dos censos nacionais mais recentes disponíveis, indicam que foram feitos avanços no reconhecimento dos direitos dos povos indígenas e nos compromissos do Estado em termos da legislação e regulamentação nos países, mas ainda existem atrasos significativos no exercício dos direitos, uma questão que se reflete nas condições de vida desses povos, incluídas as pessoas idosas indígenas. Os números apresentados evidenciam as situações de vulnerabilidade e desigualdades estruturais que afetam as pessoas idosas indígenas e, em particular, as mulheres. Essa realidade mantém os povos indígenas entre os grupos mais vulneráveis no que se refere às questões sociais, econômicas, demográficas e culturais. A Década do Envelhecimento Saudável é um bom momento para um chamado à ação e um trabalho eficaz para promover o envelhecimento saudável das populações indígenas. Esta publicação faz parte de uma série intitulada A Década do Envelhecimento Saudável nas Américas: Situação e Desafios e é fruto de uma iniciativa interinstitucional. SeriesDécada do envelhecimento saudável nas Américas: situação e desafios |