[RESUMO]. Este artigo descreve o progresso no combate às doenças não transmissíveis (DNTs) nas Américas desde que a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) iniciou seu programa para essas doenças há 25 anos. Discute-se como evoluíram a epidemiologia das DNTs, as políticas contra essas doenças, a capacidade dos serviços de saúde e a vigilância. O programa da OPAS para as DNTs é orientado por planos de ação regionais sobre DNTs específicas e fatores de risco, bem como por um plano integral contra essas doenças. O trabalho envolve a implementação de pacotes técnicos da Organização Mundial da Saúde baseados em evidências sobre as DNTs e seus fatores de risco, no intuito de alcançar a meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de reduzir em um terço a mortalidade prematura causada pelas DNTs até 2030. Avanços importantes foram obtidos nos últimos 25 anos na implementação de políticas sobre fatores de risco das DNTs, intervenções para melhorar o diagnóstico e o tratamento das DNTs, e vigilância das DNTs. A mortalidade prematura causada pelas DNTs diminuiu 1,7% ao ano entre 2000 e 2011 e 0,77% ao ano entre 2011 e 2019. Contudo, as políticas sobre a prevenção dos fatores de risco e a promoção da saúde precisam ser fortalecidas para que mais países estejam no rumo certo para alcançar as metas de saúde relacionadas a essas doenças, no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. São recomendadas medidas para que os governos elevem a prioridade das DNTs ao torná-las um pilar central dos serviços de atenção primária, usando a receita dos tributos saudáveis para investir mais na prevenção e no controle das DNTs, e ao implementar políticas, leis e regulamentos para reduzir a demanda e a disponibilidade de álcool, tabaco e produtos alimentícios ultraprocessados.
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